Claudia vai até um bar para encontrar Luís. Os dois se conheceram por meio de um aplicativo de relacionamentos. No entanto, ela não consegue imaginar que aquilo terminaria em sequestro e morte.
Você já assistiu a um filme feito com um único plano sequência? Ou seja, um trabalho de quase duas horas sem cortes, em tempo real, com uma única câmera registrando o movimento dos atores (em internas e externas) do começo ao fim? Esta é a proposta do suspense argentino “Causalidad” (Casualidade), filme que estreou no streaming em 17.12.2021 (lançado simultaneamente em 240 países pela Amazon) e que vem dando o que falar. É recente para dizer, mas as primeiras reações que vi estão polarizadas: é de amor ou de ódio, com algumas pitadas de reconhecimento pela “coragem” do projeto. Eu assisti e confesso: vale muito pela ousadia e em função de uma enorme dedicação de toda a equipe aos ensaios, além de um hercúleo manejo de uma única câmera em 1h54m de filme. O roteiro tropeça e há algumas situações nada críveis (difícil imaginar que um hospital metropolitano não registre uma única entrada de paciente por mais de 90 minutos). Além da dificuldade do desavisado em se adaptar ao tempo de deslocamento de câmera de um ambiente para outro, a primeira metade de “Causalidad” é relativamente morosa. Porém, ao final, o saldo do trabalho é um suspense de razoável para bom. Trata-se da história de Claudia, que vai até um bar para conhecer Luis, um médico com o qual marcou um encontro via aplicativo de namoro. O que era para ser um simples flerte, vira um total e dramático pesadelo dentro de um hospital. Destaque para Laura Novoa que interpreta a enfermeira-chefe. Do elenco, ela é a única a segurar firme a trama. Os demais não me convenceram. A direção e roteiro são assinados por “WHO”, profissional que não revela sua real identidade. Repito: vale muito pela aposta em um único plano sequência e pelas dificuldades extremas que isso se apresenta para os profissionais do cinema. A proposta não é nova. O mestre Alfred Hitchcock fez (quase) isso em Festim Diabólico (ocorreram cortes sutis em função da limitação da duração de um rolo de filme) e há extensos planos sequência em clássicos do cinema como "A Marca da Maldade” (Orson Welles), no recente “1917” e no argentino “O Segredo dos Seus Olhos”, estes dois últimos ganhadores do Oscar. Uma dica: caso resolva assistir, experimente “Causalidad” desarmado, disposto a ver algo diferente, mas não necessariamente agradável.
Você já assistiu a um filme feito com um único plano sequência? Ou seja, um trabalho de quase duas horas sem cortes, em tempo real, com uma única câmera registrando o movimento dos atores (em internas e externas) do começo ao fim? Esta é a proposta do suspense argentino “Causalidad” (Casualidade), filme que estreou no streaming em 17.12.2021 (lançado simultaneamente em 240 países pela Amazon) e que vem dando o que falar. É recente para dizer, mas as primeiras reações que vi estão polarizadas: é de amor ou de ódio, com algumas pitadas de reconhecimento pela “coragem” do projeto. Eu assisti e confesso: vale muito pela ousadia e em função de uma enorme dedicação de toda a equipe aos ensaios, além de um hercúleo manejo de uma única câmera em 1h54m de filme. O roteiro tropeça e há algumas situações nada críveis (difícil imaginar que um hospital metropolitano não registre uma única entrada de paciente por mais de 90 minutos). Além da dificuldade do desavisado em se adaptar ao tempo de deslocamento de câmera de um ambiente para outro, a primeira metade de “Causalidad” é relativamente morosa. Porém, ao final, o saldo do trabalho é um suspense de razoável para bom. Trata-se da história de Claudia, que vai até um bar para conhecer Luis, um médico com o qual marcou um encontro via aplicativo de namoro. O que era para ser um simples flerte, vira um total e dramático pesadelo dentro de um hospital. Destaque para Laura Novoa que interpreta a enfermeira-chefe. Do elenco, ela é a única a segurar firme a trama. Os demais não me convenceram. A direção e roteiro são assinados por “WHO”, profissional que não revela sua real identidade. Repito: vale muito pela aposta em um único plano sequência e pelas dificuldades extremas que isso se apresenta para os profissionais do cinema. A proposta não é nova. O mestre Alfred Hitchcock fez (quase) isso em Festim Diabólico (ocorreram cortes sutis em função da limitação da duração de um rolo de filme) e há extensos planos sequência em clássicos do cinema como "A Marca da Maldade” (Orson Welles), no recente “1917” e no argentino “O Segredo dos Seus Olhos”, estes dois últimos ganhadores do Oscar. Uma dica: caso resolva assistir, experimente “Causalidad” desarmado, disposto a ver algo diferente, mas não necessariamente agradável.