Crítica
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Sinopse
Depois de seu mudar do interior para a capital da Bahia em busca de melhores condições de vida, Carla se torna uma dançarina famosa. E ela decide voltar ao lugar de onde veio para ajudar as crianças carentes dali.
Crítica
Existe aquela máxima: um filme pode ser tão, mas tão ruim, que em determinado momento se torna algo bom. Quem disse isso, provavelmente não assistiu a Cinderela Baiana (1998). A vergonha alheia, já esperada, que se constrói durante a exibição da produção não transforma o filme de maneira alguma em algo, no mínimo, regular. O que era pra ser dramático se mostra cômico e o que era pra ser cômico, se torna vergonhoso.
Lançado nos cinemas no auge da carreira de Carla Perez, a produção baiana tinha como objetivo elevar ainda mais a figura da loira do É o Tchan, dando a dançarina o papel de protagonista da história, como uma garota que sai do interior da Bahia em direção a Salvador e lá tem a oportunidade de explorar seu talento natural, a dança. Nesse caminho, Carlinha irá encontrar seu príncipe encantado (Alexandre Pires, acreditem!), uma rival e claro, um homem que a prometerá o sucesso, mas que só irá explorá-la para faturar alto. Em resumo, é um misto de Lua de Cristal (1990) com Glitter: O Brilho de uma Estrela (2001). E foi o mais próximo que conseguimos chegar de um Contato de Risco (2003), bomba que reuniu nas telas um casal de estrelas – Carla Perez e Alexandre Pires, nossos Jennifer Lopez e Ben Affleck.
Com uma premissa que não é de toda ruim, afinal, é a mesma de 2 Filhos de Francisco (2005) e tantas outras que buscam mostrar as realizações de sonhos, emancipação e todas os obstáculos que dificultam alcançar aquilo para o que se nasce. Porém, a direção de Conrado Sanchez é simplória e nem trazendo um Lázaro Ramos em começo de carreira consegue segurar algo que faz a Escola de Interpretação Sylvester Stallone ser digna de premiação.
É difícil não pontuar erros em Cinderela, e esses vão desde a continuidade confusa, montagem amadora, fotografia fraca até as atuações exageradas e que só reforçam o estereótipo do baiano. Longe de se tornar algo bom, o filme acabou subvertido a um cult nacional pelo cômico e bizarro que traz, e isso já é um exagero.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Renato Cabral | 1 |
Chico Fireman | 4 |
Alysson Oliveira | 5 |
MÉDIA | 3.3 |
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