Clemência: A História de Cyntoia Brown
16 ANOS
96 minutos
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Daniel H. Birman
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Murder to Mercy: The Cyntoia Brown Story
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2020
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EUA
Crítica
6
Leitores
5 votos
7.2
Sinopse
Cyntoia Brown é condenada à prisão perpétua com apenas 16 anos. Todavia, diversos elementos podem influenciar uma mudança de veredito.
Detalhes
Direção
Daniel H. Birman |
Roteiro
Daniel H. Birman |
Produção
Daniel H. Birman |
Megan E. Chao |
Susy Garciasalas Barkley |
Estúdio
Daniel H. Birman Productions |
Distribuição
Netflix |
Trilha Sonora
Jongnic Bontemps |
Fotografia
Daniel H. Birman |
Joel Winter |
Montagem
Megan E. Chao |
Muito bom este filme-.documentário que chama a twnxaompara uma doença desconhecida e subestimada e que no entanto representa uma das principais causas de deficiência mental e distúrbios de comportento: Síndrome Alcoólica Fetal ou SAF. Verdeiro problema .Saúde Pública que decorrente do banak ati de consumir bebidas alcoólicas durante a gravidez e causa sérias lesões cerebrais pela ação tóxica sobre o feto... É curioso que essa doença uma das principais causas de deficiência mental e distúrbios mentais em crianças e adolescentes não é citada como devia... Uma excelente oportunidade para informacai e conscientização dessa grave enfermidade.... que é a SAF nos países como Brasil, EUA, França, etc... Como médico, estudando e tratando dessa doença há muitos anos, achei excelente essa oportunidade para conscientização de uma doença 100% previsível, e...100% evitável... Valeu
Um dos aspectos que passa sem o devido destaque neste importante filme-documentario, é a base desse evento de violência que fala de uma doença quase desconhecida e subestimada pela sociedade,inclusive médicos... a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) ou Fetal Álcool Síndrome (FAS). Doença decorrente do consumo de Álcool durante a gravidez que leva a malformações, sobretudo do cérebro. A Cyntoia com déficit cognitivo é comportamental, jogada numa situação de violência não tem perfeita noção, discernimento e juízo crítico do seu ato por ter um cérebro que sob ação do álcool enquanto no útero materno não se desenvolveu: hipoplasia cerebral, atraso do desenvolvimento psicomotor, déficit cognitivo e insuficiente para conduzir sua vida plenamente. Assim, está menina portadora da SAF comete crime dentro de um contexto de violência e prostituição... Quantas crianças e adolescentes portadoras de SAF vivem em países como EUA e Brasil sem serem vistas e tratadas.... Como neurologista que trata e estuda esse assunto há muitos anos, este filme serve como uma grande lição e advertência dessa condição tão "banal" e desconhecida que mereceria toda a atenção das autoridades da saúde e da sociedade .... SAF, uma doença 100% previsível, e portanto, 100% evitável. Uma.questão de Saúde Pública a.nos desafiar...
Não foi a primeira vez, mas aconteceu de novo assim que terminei de ler sua crítica: pareceu-me que não assistimos ao mesmo documentário. Embora eu seja uma pessoa que acredita e respeita os diversos pontos de vista, nesse caso específico, além de divergências de entendimento, sua crítica falhou em vários aspectos, principalmente por se tratar de um documentário, e não um filme de ficção. Por exemplo, em momento algum Cyntoia Brown teve, explicitamente, o "diagnóstico de bipolaridade". Ela recebeu, sim, o diagnóstico de síndrome do alcoolismo fetal, em razão do relato da mãe e dos exames e testes realizados posteriormente, como vimos no depoimento do psiquiatra que a consultou. São situações bem distintas. Depois, sim, o caso dela suscitou várias discussões nos EUA e no mundo acerca da condenação de menores, inclusive com mudança na lei. Além disso, por ser menor de idade, hoje ela não seria vista como "prostituta", ao contrário, o homem é que cometeu o crime de aliciamento de menor. Percebo o quanto, pelo menos nesse aspecto, a sociedade avançou no debate sobre o sistema judicial. Outro ponto que considero de relevância é ver como, de fato, Cyntoia Brown conseguiu se transformar e libertar-se do seu passado e da sua ancestralidade prejudicial, de modo a alcançar a sua redenção e conquistar um lugar positivo na sociedade, por meio de sua busca e dedicação aos estudos. Viva a educação! Isso não apaga, de modo algum, que um dia ela cometeu o crime e não resgata a vida do homem que ela matou. No entanto, chamá-la de "adolescente criminosa", creio eu, é não confiar na sua redenção, não ter empatia e não considerar que ela pagou pelo seu crime por 15 anos. Para mim, ela foi uma adolescente de 16 anos que cometeu um crime gravíssimo, em circunstâncias peculiares. Sobre as questões que você coloca ao final, segundo li, parece-me que esse foi um documentário não autorizado por ela, feito com imagens antigas, talvez por esse motivo, a limitação. Ela conseguiu, por mérito próprio, reintegrar-se na sociedade: escreveu um livro de memórias "Free Cyntoia: My Search for Redemption in the American Prision System", no qual relata o que é crescer dentro de uma prisão americana. Hoje, a mulher de 32 anos empenha-se em denunciar as injustiças do sistema legal americano e aquilo que representa o sistema prisional, foi nomeada para prêmios literários, enfim, acho que o governador Bill Haslam e as várias pessoas que lutaram pela clemência dela devem estar orgulhosas de suas decisões. Vida longa e feliz a Cyntoia Brown! Ficarei no aguardo da continuação de sua história.