Crítica
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Sinopse
Bella é jovem adolescente que se muda para Forks, Washington, para viver com o pai. Assim que chega ao local, fica sabendo de uma misteriosa família que habita a cidade. Acaba, por acidente, conhecendo um dos cinco irmãos, Edward, e aos poucos vai descobrindo alguns segredos. O mais importante é que são todos vampiros. Bella fica assustada, mas decide encarar os riscos e seguir adiante com a paixão que sente pelo rapaz.
Crítica
Verdadeiro fenômeno inesperado, Crepúsculo é o sucessor das sagas O Senhor dos Anéis e, principalmente, Harry Potter, que Hollywood há tanto ansiava. E não é merecedor deste título tão por acaso quando se possa imaginar à primeira vista. Afinal, também é baseado numa série literária de bastante sucesso, escrito por uma jovem autora e com protagonistas adolescentes (o que lembra, em muito, as aventuras do bruxinho inglês). O fato de um dos pares do casal ser um vampiro só acrescenta um ar místico, mas pouco altera na estrutura básica de quase todas as comédias / dramas românticos da atualidade: rapaz e garota se apaixonam, mas antes de ficarem juntos enfrentam uma grande dificuldade. E se o filme resultante não peca pela originalidade, ao menos realiza uma transposição muito fiel às telas.
Stephanie Meyer é uma professora de inglês no interior do Arizona, EUA. Com pouco mais de 30 anos, está casada há mais de dez e é mãe de três filhos. Sua carreira literária teve início justamente com Crepúsculo, o primeiro de uma série que já teve mais três continuações: Lua Nova (previsto para chegar aos cinemas no final de 2009), Eclipse e Amanhecer. A estrutura do primeiro livro/filme, no entanto, é bastante simples, e talvez seja justamente por isso que envolve com tanta naturalidade. Bella Swan (Kristen Stewart) deixa o ensolarado sul dos Estados Unidos para ir morar com o pai no frio norte, próximo da fronteira com o Canadá. Lá, a novata vira sensação no colégio, até se sentir estranhamente atraída por um rapaz ainda mais misterioso: Edward Cullen (Robert Pattinson), filho adotivo do médico local. Ele e seus outros irmãos estão sempre afastados dos demais jovens, são bastante resguardados e possuem outras características muito próprias, como serem extremamente pálidos e absurdamente belos. Eles são, obviamente, vampiros.
Porém a mitologia proposta pela autora difere em vários pontos dos textos mais tradicionais sobre o assunto, modernizando-o. Neste universo, os vampiros são, sim, possíveis, e se tiverem força de vontade suficiente podem evitar o ataque a seres humanos, alimentando-se basicamente de animais. Assim, contendo seus instintos básicos, conseguem viver naturalmente entre os homens. Outras novidades é que não possuem medo da luz – apenas a evitam diretamente, já que sua pele fica radiante quando iluminada – e são dotados de superpoderes, como força e velocidades além do normal, capacidade de ler pensamentos e de prever o futuro, entre outros.
Bella, ao se aproximar de Edward, logo entende quem ele é. Mas a terrível surpresa não a afasta – pelo contrário, a aproxima ainda mais. E isso acontece porque os dois estão inevitavelmente apaixonados um pelo outro. Mas nem todos os demais vampiros estarão dispostos a se sacrificarem para manter o bem estar dela, o que os colocará em diversos conflitos, envolvendo inclusive os pais da menina e sua própria segurança. E ele, assim como sua família, não medirá esforços para mantê-la viva. Mesmo que para isso tenha que agir contra a vontade imediata dela.
Segundo especialistas, Crepúsculo é o ‘filme sobre vampiros’ de maior bilheteria de todos os tempos, tendo arrecadado em pouco mais de um mês de exibição mais de US$ 250 milhões em todo o mundo. Só que se pararmos para compará-lo com outros títulos da mesma lista, como Van Helsing (2004), Entrevista com o Vampiro (1994) e Drácula de Bram Stoker (1992), por exemplo, percebemos que ele pouco tem em comum com os demais. Para se ter uma ideia, nem um só dente pontiagudo é visto em toda a trama. Ou seja, não é dos mais recomendados a quem está atrás de bons sustos e enredos cheios de sangue e terror. O que temos aqui é mais uma aventura apaixonada, uma comovente e envolvente história de amor, com o único diferencial de termos um ser sobrenatural em um dos vértices do casal.
Crepúsculo tem direção de Catherine Hardwicke, ela mesma uma expert na temática adolescente, tendo sido responsável por obras interessantes como Aos Treze (2003) e Os Reis de Dogtown (2005). Seu bom trabalho, no entanto, parece não ter sido suficiente, tanto que já foi substituída para a continuação. Quem assume seu lugar no segundo filme é Chris Weitz, o mesmo de A Bússola de Ouro (2007) - um dos tantos filmes ‘fantásticos’ que falharam nessa tentativa de substituir Harry Potter e O Senhor dos Anéis, assim como Eragon (2006) ou Coração de Tinta (2008), por exemplo. Não que, neste caso, esta troca irá fazer muito diferença. O que importa são as tramas, e estas já foram escritas e testadas junto ao público, que segue comprando os livros com fervor. Então, nos resta apenas seguir acompanhando o desenrolar do romance entre esta moça e o vampiro adolescente, para comprovarmos que, não importa de que forma ele é abordado, o amor sempre é mágico!
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 7 |
Edu Fernandes | 7 |
Chico Fireman | 4 |
Thomas Boeira | 4 |
Marcelo Müller | 6 |
Roberto Cunha | 5 |
Bianca Zasso | 2 |
Diego Benevides | 3 |
MÉDIA | 4.8 |
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