Crítica
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Sinopse
Alice é uma executiva bem-sucedida no mercado de sex shop no Brasil. Prestes a abrir sua primeira loja em Nova York, acaba descobrindo que o novo negócio pode colocar em risco a sua felicidade e até o seu casamento.
Crítica
Há pouco mais de um ano, Ingrid Guimarães, uma comediante de sucesso nos palcos (Cócegas, que ficou em cartaz por quase dez anos) e na televisão (principalmente no seriado Sob Nova Direção, no ar de 2003 a 2007), resolveu se lançar como protagonista também no cinema. O nome do filme era De Pernas Pro Ar (2010), um veículo rápido e eficiente para o estrelato da atriz. A proposta, que combinava um humor popular, mas também apimentado o suficiente para justificar sua exibição na sala escura, foi um sucesso de público, confirmando-se como a maior bilheteria nacional de 2011, com mais de 3,5 milhões de espectadores! Seguindo a lógica do mercado – que já nos deu continuações para produções tão diferentes quanto Tropa de Elite (2007), Se Eu Fosse Você (2006), Tainá: Uma Aventura na Amazônia (2001) e Menino Maluquinho (1994) – chega a uma inevitável sequência, que se por um lado repete em grande parte as piadas do primeiro episódio, por outro procura aumentar as dimensões do projeto, num formato hollywoodiano que serve para gerar interesse, assim como maiores expectativas. Pena que nem sempre estas sejam atendidas.
Pra quem não viu o filme anterior, Alice (Ingrid Guimarães) é uma executiva viciada em trabalho que encontra o sucesso ao lado da amiga Marcela (Maria Paula) como dona de uma rede de sex shops, ou seja, lojas de objetos eróticos. Sua intensa dedicação profissional complica a vida familiar ao lado do marido (Bruno Garcia) e do filho. Porém, como toda super mulher, ela se dobrará em várias para dar o melhor de si nas duas frentes: em casa e no emprego. Se isso acontecia antes, o mesmo agora se dá, porém em outra escala: prestes a abrir a primeira franquia internacional, em Nova York, é para lá que ela e a sócia terão que ir para fechar o negócio. Só que a viagem terá diante à família o pretexto de férias, como se fosse uma tentativa de reaproximação. É claro que será das suas tentativas de conciliação entre os dois compromissos que o humor da trama virá.
De Pernas Pro Ar 2 possui um roteiro tão esquemático que parece ter sido escrito em etapas e de forma independente, como nos antigos trabalhos em grupo do colégio. Uma vez que o filme é assinado por três roteiristas – Marcelo Saback, Paulo Cursino e a própria Ingrid Guimarães – não seria de se surpreender se cada um deles tivesse ficado responsável por um segmento. Primeiro, temos o cotidiano da personagem principal no Rio de Janeiro, seus inúmeros compromissos e o desgaste físico que a abate em função disso. Até aqui, não há nada de diferente do que já havíamos visto antes. No segundo momento, no entanto, Alice é enviada a um spa afastado de tudo e de todos para tentar relaxar e recobrar as forças. Aí começam as mudanças: novos personagens (participações do careteiro Eriberto Leão, novamente tentando bancar o galã sem muito sucesso, e do sempre divertido Luis Miranda, que infelizmente tem pouco tempo em cena), uma nova dinâmica de ação (talvez um triângulo, ou um quarteto, amoroso?) e um cenário diferente que gera boas piadas.
E, pra terminar, há a sequência final, que se passa em Nova York. O que teria tudo para ser o grande diferencial, no entanto, não emociona: a cidade mais cosmopolita do mundo é pouco explorada, e o que se passa por lá na história poderia muito bem ter acontecido em Paris, Tóquio ou São Paulo. Há alguns problemas evidentes na produção – porque todas as cenas com Denise Weinberg em Nova York foram feitas em estúdio, com um chroma key evidente, enquanto que o resto do elenco foi, de fato, até os Estados Unidos? Mas se o visual televisivo e os personagens com pouca profundidade – suas motivações são tão rasteiras que pouco despertam simpatia no público – por outro lado o novo filme do diretor Roberto Santucci tem o mesmo mérito do seu longa anterior: ser carregado nas costas por um excelente humorista.
Se Até que a Sorte nos Separe (2012) se sustentava no humor histriônico e exagerado de Leandro Hassum (completamente de acordo com o que aquela história exigia), o mesmo se dá aqui com Ingrid Guimarães, uma intérprete bastante qualificada para este tipo de enredo. Os melhores momentos de De Pernas Pro Ar 2 são os liderados por ela – a maioria, felizmente – e justamente por isso as demais fragilidades acabam, ao término da sessão, sendo perdoadas em sua maioria. Não é um trabalho memorável, mas cumpre à contento sua função de entretenimento passageiro. E dentro do atual cenário nacional isso já é pedir demais!
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 6 |
Roberto Cunha | 6 |
Francisco Carbone | 4 |
MÉDIA | 5.3 |
O filme é fraco demais, apenas os fãs de telenovelas das 7 e de Malhação podem acha-lo interessante, mas o que mais me chamou a atenção foi a extrema "coincidência" de dois fatos que ocorrem no filme e que também ocorreram em 2 filmes de Robbin Willians. O 1º caso é a viagem da protagonista a Nova York para fechar um negócio, mas mente para a família dizendo que é uma viagem de férias. em Férias No Trailler, o personagem de Robbin Willian, tb finge uma viagem com a família, mas na verdade está se deslocando para o local onde será fechado um negócio. As situações nos dois filmes são muiiiiiiitoooooo parecidas, as desculpas para enganar a família, enfim, bem estranho. a 2ª "coincidência é envolvendo a cena do filme uma Babá quase perfeita. Há uma cena em que o personagem de Willian está no restaurante ao mesmo tempo com a família e tb em um reunião de negócios, mas nem a família nem os evnolvidos no negócio sabem, então fica aquela coisa de corre para uma mesa, fica um pouco, inventa uma desculpa e vai para outra, isso seguido de várias confusões. O De Pernas pro Ar 2, faz i-gual-zi-nho. Parece que criatividade e originalidade não são os fortes de quem escreveu essa história.