Delírios de Consumo de Becky Bloom
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P.J. Hogan
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Confessions of a Shopaholic
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2009
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EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Sonhando em trabalhar numa renomada revista de moda, a nova-iorquina Rebecca consegue emprego numa publicação financeira da mesma editora. Sua coluna se torna um sucesso, mas ela coloca tudo a perder por ser uma compradora compulsiva.
Crítica
Pegue a protagonista de Diário de Bridget Jones, coloque-a vivendo o cotidiano de O Diabo Veste Prada e usando os mesmos fabulosos figurinos de Sex and the City. E o que temos de resultado? Os Delírios de Consumo de Becky Bloom! Pena que, no misturar da receita, um tempero ficou faltando. E o que terminamos por ver na tela é uma sombra pálida da vivacidade, diversão e entretenimento já conferido nestes outros sucessos femininos.
Baseado numa famosa série literária escrita por Sophie Kinsella, Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (versão um pouco exagerada do original Confessions of a Shopaholic) aposta todo o seu charme na estrela principal, Rebecca Bloomwood (vivida pela simpática, porém longe de se igualar ao charme de uma Renée Zellweger, Anne Hathaway ou Sarah Jessica Parker, Isla Fisher, mais conhecida até então pela engraçada participação em Penetras Bons de Bico e por ser casada com Sacha Baron Cohen, o Borat!). Consumidora compulsiva, esta jornalista logo se vê atolada em dívidas. E, enquanto não consegue seu emprego dos sonhos, na revista de moda “Alette”, acaba aceitando ser colunista da “Successful Savings”, uma publicação de economia. Lá, sob o pseudônimo de “Becky Bloom”, ou a “Garota da Echarpe Verde”, inacreditavelmente consegue se tornar famosa e popular dando dicas sobre como comprar bem e economizar. Nada mais irônico, não?
Mas estamos falando de uma comédia romântica, e como tal ela foi concebida. Assim, por mais absurdas que determinadas conclusões sejam, tudo acaba tendendo para o inevitável ‘final feliz’. O chefe de Becky é o neo-galã Hugh Dancy. Com pinta de bom moço, ele é o par perfeito, o único que aposta na atrapalhada moça quando nem mesmo ela tem noção do que está fazendo. E mesmo ameaçando uma separação lá pelas tantas, é óbvio que os dois terminarão um nos braços do outro. Assim como a boa lição de moral que encerra a história, a de que comprar pode ser bom e satisfatório, mas há coisas muito mais importantes na vida.
Talvez por Fisher ser uma estrelinha meio apagada, do roteiro ser uma verdadeira colcha de retalhos e da direção de P.J. Hogan (dos incrivelmente superiores O Casamento de Muriel e O Casamento do Meu Melhor Amigo) ser bastante convencional e com poucos lampejos de originalidade – como os manequins que insistem em se comunicar com a heroína – Os Delírios de Consumo de Becky Bloom acaba compensando também por ter como principal destaque um impressionante time de coadjuvantes. A começar pelos pais da protagonista, interpretados pela ótima Joan Cusack e pelo bonachão John Goodman, passando pela divertidíssima Julie Hagerty, pelo sumido John Lithgow e pela classuda Kristin Scott Thomas. Um grupo talentoso e bastante diversificado, que por si só já garantiria o interesse de qualquer um mais antenado.
Os Delírios de Consumo de Becky Bloom é bonitinho, com piadas bem distribuídas, algumas sacadas inteligentes e um visual atraente – os figurinos de Patricia Field, a mesma dos já citados O Diabo Veste Prada e Sex and the City, certamente colaboraram neste sentido. Mas não consegue ser mais do que isto. É um produto genérico, sem força para se manter com as próprias pernas nem se tornar inesquecível. Passageiro, garante a atenção enquanto a trama se desenrola, mas logo que as luzes se acendem tudo se esvanece no ar. Por um lado, tudo bem, afinal nem sempre é preciso fazer algo memorável. Mas também não havia necessidade de ser tão rasteiro.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Robledo Milani | 5 |
Edu Fernandes | 4 |
Alysson Oliveira | 3 |
Cecilia Barroso | 5 |
MÉDIA | 4.3 |
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