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Crítica
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Sinopse
Crítica
Não há muito o que dizer a respeito de Doze é Demais 2, além de que é apenas mais do mesmo. Isto é, se você viu Doze é Demais (2003) – que, por sinal, era um remake de uma produção homônima de 1950 dirigida por Walter Lang) não há nada de novo aqui que possa surpreender. Como é de regra neste tipo de situação, o diferencial da seqüência é o acréscimo no caos: se lidar com doze filhos era uma tarefa pra lá de complicada, imagine agora quando esta trupe se encontra com outra família dotada de oito rebentos!
Sai o diretor do primeiro longa, Shawn Levy, e entra Adam Shankman, que tem no currículo obras como Operação Babá (2005), cujo enredo era praticamente idêntico ao deste novo filme. Os dramas do clã Baker – chefiado por Steve Martin e Bonnie Hunt – também foram simplificados: não se trata mais de escolhas profissionais, amadurecimento dos filhos e estrutura familiar, como foi no longa anterior. Agora a questão é mera competição, bem no estilo norte-americano de resolver as coisas.
Os Baker resolvem se reunir pela última vez – antes da primogênita dar à luz, de uma outra se mudar para longe e do filho adulto ir morar sozinho – na casa de férias à beira do lago. Lá reencontram os Murtaugh, antigos rivais. Estes são liderados por um contido Eugene Levy (American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível, 1999) e por uma simpática Carmen Electra (Todo Mundo em Pânico, 2000). Após muito exibicionismo consumista, uma maratona de provas irá decidir qual das duas famílias é a melhor (como se isso fosse possível).
Tolo, previsível, forçado e até mesmo um tanto inconsequente, Doze é Demais 2 não acrescenta nada ao argumento já muito explorado no filme anterior. Mesmo assim, obteve ótimos resultados na bilheteria norte-americana, arrecadando mais de setenta milhões de dólares em cerca de um mês de exibição. Resultado de que a parábola aparentemente inocente serviu para refletir bem as angústias de uma nação incomodada por sua posição global de chefes do mundo, sempre se auto-impondo a necessidade de se justificarem como líderes, numa eterna competição contra si mesmos.
Jovens astros, como Tom Welling e Taylor Lautner pouco têm a fazer em cena, enquanto que as únicas piadas dignas de nota ficam a cargo dos veteranos Martin e Levy, que repetem a parceria já vista – e em melhor forma – em A Casa Caiu (2003). Ao menos é curto (cerca de noventa minutos) e a trilha sonora é bastante agitada, o que ajuda a não dar muita atenção ao tédio que volta e meia se anuncia. E o que mais acrescentar sobre uma comédia que nem mesmo os erros de gravação que aparecem durante os créditos de encerramento são engraçados?
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