Crítica
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Sinopse
Crítica
O diretor é vencedor do Oscar. No elenco, as duas principais atrizes também já ganharam suas estatuetas douradas. No time masculino, temos um vencedor do prêmio da Academia, três indicados e mais um vencedor do Globo de Ouro. Ou seja, a equipe é de peso, certo? Não é em qualquer produção que se vê reunida uma turma como essa. Mas, quem for assistir à Doze Homens e Outro Segredo esperando ver um filme sério, audacioso e imponente, à altura do status dos envolvidos, ledo engano. Aqui eles estão reunidos com um único objetivo: se divertirem. E sorte do espectador que entender isso de imediato e aproveitar como deve a brincadeira.
Continuação de Onze Homens e um Segredo (2001), sucesso de bilheteria lançado três anos antes que, por sua vez, se tratava de um remake do original Onze Homens e um Segredo (1960), estrelado por Frank Sinatra e amigos, Doze Homens e Outro Segredo é um legítimo caça-níqueis, mas com a honestidade de quem assume sua condição desde o princípio. Esse trabalho não almeja vender nada além daquilo que oferta de modo bem escancarado: algo leve e descartável. Por outro lado, o entretenimento é certeiro, a diversão é competente, e a relação custo/benefício é interessante aos dois lados da questão: aos que fizeram e aos que assistem.
Realizado ao custo de US$ 110 milhões, mesma quantia gasta no primeiro longa da série, Doze Homens e Outro Segredo conta o lado menos conhecido da mesma história, ou, como poderíamos dizer, o reverso da fortuna. Isto é: se quando os conhecemos ficamos com a impressão de que teriam realizado o crime perfeito, agora descobrimos que essa maestria não foi à toda prova. Após serem descobertos pela vítima, terão que tratar de devolver toda a grana. Para isso, partem para outro golpe – agora do outro lado do Atlântico – para juntarem o dinheiro suficiente, isso num prazo de duas semanas, sob a ameaça de terem suas cabeças colocadas à prêmio.
Se a trama central é praticamente a mesma filme anterior, ao menos ganhamos no cenário – sai a visualmente poluída Las Vegas e entra o cultuado continente europeu – e com o acréscimo da presença de Catherine Zeta-Jones, que entra para somar ao grupo já formado por George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Don Cheadle, Casey Affleck e outros. A sra. Michael Douglas surge como ex-namorada do personagem de Pitt – e atual policial! Ela será, como se pode imaginar, responsável pelas piores dores de cabeça do bando. E servirá também como contraponto a sempre divertida Julia Roberts, aqui responsável pela melhor piada do filme (acreditem, as cenas dela ao lado de Bruce Willis – outra novidade! – respondem pela melhor piada do enredo).
Doze Homens e Outro Segredo não vai mudar a vida de ninguém, mas é competente em suas intenções e como produto de entretenimento é uma opção bem razoável. Indicado para relaxar a cabeça e apenas curtir. E ainda que deixe aberto uma fresta para a lamentação, já que com tantos talentos por perto se poderia esperar algo mais consistente, ao menos manteve o interesse pela série em alta, garantindo um terceiro episódio para fechar a trilogia. Se da primeira vez funcionou tão certo (Onze Homens e um Segredo, à época do seu lançamento, se tornou a maior bilheteria das carreiras de Soderbergh, Pitt, Clooney e Julia, por exemplo), talvez o melhor fosse mesmo não mexer em time que está ganhando.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 6 |
Filipe Pereira | 6 |
Thomas Boeira | 5 |
Rodrigo de Oliveira | 5 |
Edu Fernandes | 5 |
Adriana Androvandi | 6 |
Matheus Bonez | 4 |
MÉDIA | 5.3 |
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