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Crítica


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Sinopse

Na véspera de Natal, John McClane participa da festa da empresa de sua ex-esposa em Los Angeles. Em meio à comemoração, terroristas da Alemanha Oriental invadem o lugar e rendem os participantes. McClane foge e se esconde no prédio, descobrindo que o verdadeiro objetivo da gangue é roubar 400 milhões do cofre central.

Crítica

John McClane está de volta. E desta vez, continua sendo muito pessoal. Depois de ter salvo sua esposa e um grupo de reféns de terroristas inescrupulosos do grande Nakatomi Plaza em Duro de Matar (1988), o policial de Nova York interpretado por Bruce Willis novamente esbarra no caminho de um grupo de bad guys no explosivo Duro de Matar 2. E, mais uma vez, precisa salvar sua mulher de um destino fatal. Dirigido por Renny Harlin, o longa-metragem segue a fórmula de seu precursor e o que perde em originalidade, entrega em tiros e destruição.

Na trama, assinada por Steven E. de Souza e Doug Richardson, John McClane está no aeroporto de Washington esperando pela chegada do voo de sua mulher, Holly (Bonnie Bedelia). Mesmo com o tumulto do aeroporto em época de Natal, o policial percebe movimentações estranhas de alguns homens misteriosos e resolve investigar. E ele estava certo em se preocupar. Terroristas, comandados pelo coronel Stuart (Willian Sadler), resolvem tomar conta do espaço aéreo para resgatar um prisioneiro altamente perigoso. E novamente McClane é o único capaz de deter essa ameaça.

Para quem viu o primeiro filme, não existem muitas novidades em Duro de Matar 2. Willis é o policial que desconfia, investiga e está por dentro de tudo, enquanto os demais ou não acreditam em McClane ou apenas o atrapalham em vez de ajudar. Os vilões não são tão interessantes quanto no filme anterior, mas contam com algumas surpresas. Detalhe para as aparições de John Leguizamo e Robert Patrick em início de carreira, fazendo capangas do principal vilão, e as pequenas, mas convincentes, participações de Franco Nero e John Amos.

Violento como todo bom exemplar do cinema de ação do final da década de oitenta/início dos anos 90, é flagrante a intenção dos realizadores em aumentar os perigos pelos quais John McClane vive nesta sequência, bem como maximizar a ameaça dos terroristas. Em um Estados Unidos pós 11 de setembro, seria inimaginável rodar um roteiro como o de Duro de Matar 2, no qual os vilões tomam para si um aeroporto inteiro e deixam como reféns milhares de pessoas dentro dos aviões que ali chegavam. Para quem, em 1990, acreditava que aquele script era uma ficção exagerada, a história acabou nos mostrando que nada é tão violento que não possa ser real.

Duro de Matar 2 não fica à altura do seu antecessor, mesmo que aumente o escopo da ameaça. Ainda que Bruce Willis tenha mais espaço para suas gracinhas nesta continuação, este exemplar acabou ficando muito menos divertido. Tem algumas boas cenas de ação (o tiroteio na neve com snowmobiles é inspirada, assim como a tentativa desesperada de McClane em salvar um avião prestes a cair), mas, no todo, fica devendo em comparação ao excelente episódio original, lançado apenas dois anos antes. Felizmente, o tira que está sempre no lugar errado e na hora errada voltaria cinco anos mais tarde, com um episódio digno do personagem e novamente dirigido por John McTiernan, cineasta responsável pelo primeiro filme. Isso, no entanto, é assunto para outra crítica.

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é crítico de cinema, membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista, produz e apresenta o programa de cinema Moviola, transmitido pela Rádio Unisinos FM 103.3. É também editor do blog Paradoxo.
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