Crítica
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Sinopse
McClane entra em ação em seu próprio território, Nova York. O bandido que precisa enfrentar é Simon, irmão do terrorista que o policial matou anos atrás. Ele ameaça explodir bombas em lugares públicos da cidade, colocando a população em risco e forçando McClane a participar de estranhas brincadeiras, como andar num bairro negro carregando um cartaz com frases racistas. Com a ajuda de Zeus, o herói precisa descobrir aonde Simon pretende chegar com este jogo, bem como deter o bandido e sua quadrilha.
Crítica
Ainda que Duro de Matar (1988) seja apontado como o melhor filme da série, Duro de Matar 3: A Vingança é o que conta com mais cenas de ação e com o roteiro mais movimentado. Basta lembrar que o primeiro exemplar da série demora, pelo menos, 20 minutos para deixar claro qual será a ameaça e quem salvará o dia. Este terceiro exemplar, por sua vez, já tem nos seus 30 primeiros segundos uma explosão em plena Nova York, engatilhando um filme de ação cheio de reviravoltas e jogos de gato e rato. E quem melhor para resolver o caso que John McClane?
Desta vez, o herói se encontra em seu habitat natural, mas está um verdadeiro trapo. Separado da mulher e afastado da polícia, McClane é chamado de volta graças ao terrorista Simon (Jeremy Irons, melhor vilão da saga) que exige que o policial siga um roteiro bolado por ele, desvendando pistas e até desarmando bombas no caminho. Para esta tarefa, McClane contará com a ajuda de Zeus (Samuel L. Jackson), um faz-tudo que, ao salvar a vida do policial, torna-se seu parceiro.
Duro de Matar 3 é um dos mais divertidos capítulos da cinessérie principalmente pela química dinâmica entre Bruce Willis e Samuel L. Jackson. O que se mostrou claro em todos os filmes estrelados por John McClane é que é necessária a presença de alguém com quem ele possa conversar e soltar suas frases de efeito. O que faz esta continuação se sobressair das demais é o ator escolhido para ser esta escada: Jackson, que além de dar corda para as piadas de McClane, também serve como um ótimo coadjuvante, aumentando e muito a qualidade final das atuações. E se as piadas e picuinhas entre os dois lembram um pouco Máquina Mortífera, não é mera coincidência. O roteiro desta continuação, originalmente intitulado Simon Says, estava sendo polido para um possível Máquina Mortífera 4 – que acabou sendo lançado apenas em 1998.
O jogo de charadas imposto pelo vilão, apesar de parecer um tanto inverossímil, acaba mantendo o espectador interessado durante todo o tempo, querendo saber a próxima pista, pensando junto do personagem. Outro ponto a se destacar é o fato de McClane estar solto na cidade. Diferente dos anteriores, quando estava confinado em um prédio ou aeroporto, o policial pode correr pelas ruas da Big Apple, o que possibilita cenas de ação emocionantes, como a corrida de táxi tresloucada por Nova York, os tiroteios em Wall Street e as idas de vindas dos heróis em um cargueiro infestado de vilões.
Conversando bem com o primeiro filme da série, quando John McClane era uma figura falível, Duro de Matar 3 mostra um policial no fundo do poço, conseguindo expandir o arco do personagem para além da ação pura e simples. Ele está arrasado pelo término de seu casamento, bebendo demais e sem poder trabalhar devido à sua suspensão. Quem poderia imaginar que aquele sujeito poderia salvar o dia? Bruce Willis mais uma vez convence como o herói de ação que daria tudo para não estar envolvido naquela situação. Um ótimo e movimentado capítulo, para fãs de filmes de ação nenhum botar defeito.
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