Crítica
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Sinopse
Rusty Griswold, agora um homem adulto, espera unir a sua família, e para isso vai juntar todos em uma viagem. Atravessando o país, rumo a Walley World, eles vão embarcar em aventuras parecidas com as que o pai dele, Clark, o obrigava a passar quando criança.
Crítica
Cansados do destino de sempre nas férias, os Griswold resolvem cair na estrada em direção a Wally World. O único entusiasmado é o pai, Rusty (Ed Helms), que havia feito viagem semelhante com a família quando criança. Vimos isto em Férias Frustradas (1983), filme que deu início à franquia agora ressuscitada tendo à frente o filho do personagem de Chevy Chase. A fórmula é a mesma. A maior diferença nessa nova aventura é a crise matrimonial evidente do casal protagonista. De resto, podemos esperar as mais improváveis e bizarras situações que acometem a típica família norte-americana que só quer passar horas brincando (quando não esperando na fila) num dos muitos parques temáticos dos Estados Unidos. E lá se vão eles, cruzando o país, quase cinco mil quilômetros num carro estranho, a última palavra da tecnologia automobilística albanesa (?).
Debbie (Christina Applegate), James (Skyler Gisondo) e Kevin (Steele Stebbins), respectivamente mulher, primogênito e caçula de Rusty, embarcam a contragosto, mais para escapar da rotina que necessariamente por vontade de ir a Wally World. As coisas já começam erradas no carro com vários botões que ninguém sabe para que servem. Ele propicia boa parte das piadas verdadeiramente engraçadas do filme, pois uma geringonça disfarçada de maravilha tecnológica. Determinadas recorrências, como a perseguição do caminhão ameaçador e o GPS que anuncia os destinos em coreano, são maneiras divertidas de criar identidade. Férias Frustradas consegue resgatar em certa medida o espírito do longa original, emulando alguns de seus acertos e prestando-lhes homenagens pontuais, como na cena em que a linda mulher flerta a bordo de um esportivo vermelho.
Todos os personagens têm seus solos, instantes em que passam ao primeiro plano e ganham os holofotes. Debbie revisita seu passado de estudante porra loca – daí a necessidade crescente sentida por Rusty de ser menos óbvio na vida conjugal - e os garotos aprendem a conviver mais pacificamente. Aliás, o bullying que o caçula comete com o mais velho rende ótimas sequências. Com a repetição, porém, ver o moleque humilhando o irmão passivo já não surte o efeito de antes. Esse é um problema do novo Férias Frustradas, alguns truques se desgastam. Da mesma forma, na medida em que a trama avança, as piadas ficam menos inteligentes e, às vezes, ligeiramente apelativas. Contudo, os diretores John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein são habilidosos o suficiente para não deixar a peteca cair, também a despeito de uma e outra bobagem, como o boi canibal, por exemplo.
A participação especial de Chevy Chase e Beverly D'Angelo é um presente aos fãs do filme original. Contrário à máxima de que não importa o destino, mas sim o aprendizado do caminho, o agora avô Clark, dono de uma pousada que não preza muito pela hospitalidade e o bom serviço, dá um empurrão para que tudo não se resuma à tentativa fracassada. Férias Frustradas é engraçado, tem sacadas espertas e muita confusão. Seguindo uma fórmula consagrada, John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein prestam tributo às comédias nonsense de antes, sem deixar que o saudosismo interfira, pelo contrário, fazendo dele um aliado. A dupla busca no passado a inspiração para realizar algo que, no mínimo, se destaca em meio a tantas tentativas menos eficientes de reeditar cinesséries já consolidadas no imaginário do espectador.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Marcelo Müller | 7 |
Robledo Milani | 4 |
Edu Fernandes | 6 |
Francisco Carbone | 7 |
Adriana Androvandi | 7 |
Sarah Lyra | 7 |
MÉDIA | 6.3 |
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