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Sinopse

Alguns anos após a batalha de Majin Buu, os deuses da criação, Wiss, e da destruição, Bills, se reúnem para buscar um equilíbrio no universo. Ao acordar de um longo período de sono e descobrir que o lorde galático Frieza foi derrotado por Son Goku, Bills desafia o Super Sayajin, que termina sendo facilmente derrotado. Cabe agora aos heróis descobrir uma maneira de parar o deus da destruição.

Crítica

Confesso que nunca fui um grande fã de Dragon Ball. Não por achar o anime ruim ou algo do gênero, mas talvez por ter “passado da fase” na infância e adolescência após a overdose de episódios e reprises de Cavaleiros do Zodíaco, Sailor Moon e afins. Quando Goku e companhia estrearam na televisão brasileira, meus interesses já eram outros e conheci os personagens muito mais em jogos de Super Nintendo e Playstation do que qualquer outra coisa. Ou seja, me perdoem os fãs caso eu não tenha captado algum fato importante em Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses, primeiro filme da saga após 17 anos.

Apesar do título sugerir o contrário, não há nada de épico no confronto entre os supostos deuses do título. O filme mostra o despertar de Bills, o chamado Deus da Destruição, que acorda após 39 anos de sono após a visão de um Deus Super Saiyajin que pode lhe derrotar. Quando o deus antropormófico com cara de gato e orelhas de coelho descobre que um Saiyajin foi responsável pela morte de Freeza, ele decide ir à Terra para descobrir se alguém tem tanto poder quanto ele – do contrário,  destrói o planeta.

Toda esta ação se passa em praticamente um dia, justamente no aniversário de Bulma, a “namoradinha” de Vegeta. É nesta reunião onde, além de acontecerem vários embates, a maioria dos personagens tão queridos da saga são (re)apresentados, o que é motivo de entusiasmo para os mais fanáticos, mas pode ser um tanto quanto boring para quem não conhece a história. Afinal, as motivações e explicações de quem é quem são tão rasas que se torna praticamente impossível criar uma empatia com a maioria. Tanto que o melhor personagem acaba sendo o próprio Bills, que apesar de ser um deus, age como uma criança grande, o que acaba rendendo as melhores piadas do filme.

Por sinal, o roteiro supervisionado por Akira Toriyama, o criador da franquia, parece não ter furos, mas beira mais à comédia sem compromisso, como um episódio estendido do seriado e que não tem muita importância. Ao mesmo tempos, as lutas também não são dignas de um longa-metragem e tudo parece ter sido feito a toque de caixa, mesmo os efeitos em IMAX.

No fim das contas, Dragon Ball Z – A Batalha dos Deuses até pode provocar sorrisos amarelos pelo carisma de alguns personagens, mas a ingenuidade com que as resoluções são tomadas chegam a ser irritantes. Esta infantilidade que toma conta do projeto pode até ser a essência da saga, mas com um final tão bobo e a ação tão fraca, talvez nem os fãs mais ardorosos perdoem. Ainda assim, é um convite para revisitar a terra de Goku e seus amigos, o que deve render um bom retorno nas bilheterias.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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Grade crítica

CríticoNota
Matheus Bonez
4
Thomas Boeira
4
MÉDIA
4

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