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Apesar de ser o único grande estúdio de Hollywood a nunca ter ganhado o Oscar de Melhor Filme, a Disney é insuperável quando o assunto são produções de Animação. Como exemplo, basta observar a última festa do maior prêmio do cinema mundial: as duas categorias referentes ao gênero – Melhor Longa e Melhor Curta – foram vencidas para casa de Mickey Mouse, com os sucessos Operação Big Hero (2014) e O Banquete (2014) – para quem não lembra, os dois foram exibidos em sessão conjunta nos cinemas, um após o outro. Essa tradição, aliás, de sempre exibir um curta-metragem na tela grande antes de cada novo lançamento em longa-metragem ganha a partir dessa semana mais um acréscimo: Frozen: Febre Congelante (2015), uma nova aventura estrelada pelos mesmos personagens do incrível sucesso Frozen: Uma Aventura Congelante (2013).
Ainda que Frozen 2, a continuação oficial, já tenha sido anunciada com previsão de estreia nos cinemas para os próximos anos, Frozen: Febre Congelante é a primeira produção do estúdio a dar sequência às histórias dos carismáticos personagens. E o melhor – estão praticamente todos lá: as irmãs Anna e Elsa, o galã Kristoff, o boneco de neve Olaf, e até outros menos esperados, como o maléfico príncipe Hans – agora pagando seus pecados – e o gigante das neves, que segue guardando o palácio de cristal. Mas há surpresas, e essas respondem pelas diminutas criaturas de neve que surgem a cada espirro de Elsa, gerando ainda mais confusões e boas piadas visuais.
A trama de Frozen: Febre Congelante é bastante direta, aproveitando cada um dos oito minutos que tem à sua disposição – o curta entra em cartaz no dia 26 de março antes das sessões da nova versão em carne-e-osso de Cinderela (2015). A boa nova é que ainda que seja um episódio isolado na vida destes personagens, não se trata de uma trama aleatória, desconectada de tudo que viveram anteriormente. Elsa está com peso na consciência por todos os anos que se manteve afastada da irmã – como fica bastante claro em Frozen: Uma Aventura Congelante – e decide recuperar o tempo perdido organizando uma mega festa de aniversário para a caçula. Kristoff e Olaf estão ali para ajudá-la, mas o que ela não esperava é que, mesmo lidando com neve e gelo diariamente, fosse acordar com uma bela gripe justamente neste dia!
Elsa não desiste do seu intento, e mesmo adoentada segue com o plano. Desperta Anna logo de manhã cedo, e com ela passa o dia, descobrindo juntas cada uma das surpresas planejadas, para que este seja um dia inesquecível para elas. O problema é que sua condição não só vai piorando progressivamente com o passar das horas – o que gera uma evidente preocupação em Anna – mas, a cada espirro, diversos bonecos de neve em miniatura surgem, prontos para aprontar as maiores arruaças. Se ninguém conseguir controlá-los, tudo corre o risco de vir abaixo na maior confusão.
Frozen: Febre Congelante é uma divertida e emocionante história de amor entre estas duas irmãs, lidando com bastante habilidade com cada um destes tipos adoráveis, sem desprezá-los nem exagerar num olhar ou noutro. A canção-tema “Making Today a Perfect Day” é ótima e tem tudo para ser uma nova “Let It Go”, e as referências ao primeiro episódio estão no lugar certo, devendo agradar até ao fã mais radical. E ainda serve para manter em alta o interesse dos espectadores, que com essa boa amostra devem permanecer com as atenções ligadas para qualquer novidade a respeito de novas histórias no Reino de Arendelle.
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