Crítica
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Sinopse
Uma forte amizade une três meninas com seus 20 e poucos anos. Elas saem, zoam, bebem, dançam e se divertem como se não houvesse amanhã. Levam, sem julgamentos, um estilo de vida inconsequente. O tempo, porém, é implacável e alguma hora a vida cobra, é tempo de virar adulto, por bem ou por mal.
Crítica
De cara, a falsa espontaneidade das três jovens principais se sobressai em #Garotas: O Filme. As conversas são repletas de palavrões, sequências de verborragia chula conduzidas de maneira artificial, cujo efeito colateral é expor a fragilidade da encenação. A câmera trêmula do diretor Alex Medeiros acompanha os passos das personagens como se próxima, física e emocionalmente. Contudo, ela é inábil, pois não dá conta de compensar a falta de autenticidade denunciada rapidamente pelos diálogos. Portanto, partimos de uma construção narrativa calcada em procedimentos que evidentemente não sustentam a intenção de naturalidade. Duas linhas temporais se entrecruzam. A festa regada a muita bebida numa casa noturna, exatamente um ano antes dos acontecimentos no presente, surge em flashes para tentar, sem sucesso, atiçar a curiosidade do espectador sobre algo importante que ocorreu.
Beth (Giovana Echeverria), Milena (Barbara França) e Carina (Jeyce Valente) são amigas inseparáveis, cada qual com seus dilemas, dificuldades, enfim, singularidades que, aqui, ao invés de permitirem a constatação da diversidade, estão a serviço de arquétipos. A primeira é a filha oprimida pela mãe (vivida por Ingra Lyberato), que extrapola para confrontá-la; a segunda é a beldade que os colegas consideram “fácil”; já a terceira assume o papel de “patinho feio”. Depois de um ano morando em Nova York, Beth retorna diferente, visivelmente incomodada com as companheiras de balada. Tal situação seria um prato cheio para Alex Medeiros abordar os ritos de passagem que dificultam a tarefa de crescer, especialmente quando os próximos se recusam a seguir caminho semelhante. Entretanto, o diretor demonstra preocupação majoritária em somente ressaltar a veia porra-louca delas.
Sem consistência, #Garotas: O Filme caminha trôpego, como se embriagado. Os conflitos aparentes são banais, não acrescentam uns aos outros. O único choque que se insinua com alguma profundidade é o geracional, pois a mãe de Beth é linha dura, controla seus passos e vontades com rédeas curtas. A noite de réveillon, em que se passa boa parte do longa-metragem, surpresa de Milena e Carina à amiga que parece ter encaretado de uma hora para outra, é repleta de momentos constrangedores, seja por conta da grosseria ou mesmo da nulidade do humor. A “coroa” surpreendendo o jovem no momento da transa; o sexo oral sucedido de uma trapalhada com efeitos previsíveis; a vergonha do rapaz frente a nudez da menina desejada, são exemplos de fragmentos descartáveis. Enquanto isso, o pobre desenho dos coadjuvantes infla a inapetência do filme.
Guardado para o fim, determinado dado capital, sobretudo ao novo comportamento de Beth, não é suficiente para ressignificar o visto até ali. É uma jogada que, sem dúvida, propõe outra camada, quase conseguindo apresentar relevância, não fosse o desajeito persistente. Em tempos de sadia valorização do feminino, #Garotas: O Filme possui uma pegada moralista por debaixo do ilegítimo discurso de liberdade. O que Alex Medeiros propõe, principalmente nos dois primeiros terços da trama, está longe de exaltar o direito da mulher a transar e a falar como lhe convier, ou algo que os valha. Presenciamos três garotas se excedendo nos instantes de prazer, assim flertando com as consequências e os muitos perigos. A responsabilidade, sintoma da iminente vida adulta, assume um canhestro contorno de castigo, ou seja, outro passo em falso num caminho já combalido por tantos equívocos.
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Achei o filme pueril e logo no começo já saquei que o filho era dela e o pai era o menino bonzinho. Além é claro da condenação constante da sexualidade da mulher: sejam as várias ofensas à garota "fácil", seja no castigo em forma de filho seja na menina feia que quando exerce sua sexualidade automaticamente passa a e condenar e sentir um lixo, ao invés de empoderada. Vale pela cena de sexo e pelos belos seios da atriz, já que é filme adolescente é eles farão bom uso para seus carinhos solitários.