Crítica
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Sinopse
Lenny e sua família se mudam para a cidade natal dele a fim de estreitar os laços com os velhos amigos. Nesse cenário familiar ele precisará enfrentar alguns fantasmas do passado.
Crítica
Há filmes aos quais o público assiste no cinema para rir, chorar, refletir, filosofar. E tem para todos os gostos, dos mais superficiais (e nem por isso ruins) até os que mexem, incomodam mais por sua profundidade. Porém, há uma subcategoria de filmes que parecem não servir para nada além de causar bocejos e o pensamento de "por que eu perdi meu tempo vendo isso?". E é justamente neste quesito que Gente Grande 2 se encaixa.
Se no primeiro filme já não havia muita história e, sim, piadas (a maioria sem graça), nesta continuação só sobra a segunda opção. E lá se vão 90 minutos de situações estapafúrdias que querem provocar gargalhadas no espectador, mas o máximo que conseguem é causar constrangimento. No máximo, um sorriso amarelo. A "turma" de adolescentes quarentões está de volta: Adam Sandler, Chris Rock, Kevin James e David Spade. Desta vez, a trama (se é que assim pode ser chamada) se passa num dia do quarteto e a programação de uma festa anos 1980 na mansão de Lenny (Sander). Só que até chegar à festa (no último terço do longa), acompanhamos a jornada diária de todos. Ou seja, nada acontece, pois parece que nem trabalhar é com eles.
No meio do "caminho" (afinal, nem sabemos direito para onde eles estão indo), o grupo se depara com uma turma de faculdade liderada pelo ex-crepúsculo boy Taylor Lautner. Por um desentendimento entre eles, os "acadêmicos" vão passar o filme inteiro atrás dos quarentões, até desembocar numa briga sem noção no meio da tal festa, que tem direito a muito vômito, bullyings do passado e um policial só de jockstrap (aquele protetor genital utilizado em esportes como futebol americano e boxe) que atira para todos os lados.
A má utilização do elenco feminino então, nem se fala. Salma Hayek volta ao estereotipo de latina gostosona (ainda bem que acertam ao fazer piada no próprio texto de como uma mulher como ela pode estar com alguém como Sandler). Maya Rudolph, uma das melhores atualmente para fazer rir de verdade, está totalmente apagada. Só há um momento em que ambas e as outras meninas ganham destaque - quando elas conhecem um instrutor de academia bonitão e (óbvio, como na maioria desse tipo de filme) gay.
Quando um filme começa com a cena de um cervo invadindo uma casa, sem lógica nenhuma, já dá pra se ter uma ideia do besteirol que nos espera. Porém, há filmes e filmes. Muitos do gênero já fizeram rir - e muito. Só nos últimos anos houve comédias ótimas como o primeiro Se Beber Não Case (2009) e Missão Madrinha de Casamento (2011), só para citar dois exemplos. Porém, ali havia um roteiro, diálogos inteligentes, um humor negro e sarcástico que não duvida da inteligência do espectador (na maior parte das vezes), mesmo que possam beirar ao escatológico - e como não rir da escatologia em diversos momentos? Porém, Gente Grande 2 só causa vergonha e a vontade de sair correndo do cinema em depressão. Porque se isto pode ser chamado de comédia, eu não sei como rir mais.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Matheus Bonez | 2 |
Marcio Sallem | 2 |
MÉDIA | 2 |
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