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Crítica


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Sinopse

Depois de mais de 6 mil anos adormecido no fundo do oceano, um monstro desperta e começa a destruir Tóquio. Godzilla ressurge como única esperança diante dessa terrível ameaça à humanidade.

Crítica

Tendo rendido dezenas de filmes desde sua primeira aparição em 1954, Godzilla ficou conhecido como um dos monstros clássicos do cinema. Tamanho sucesso fez com que Hollywood realizasse uma superprodução com o personagem, lançando-a em 1998. Sob o comando de Roland Emmerich e com um elenco formado por atores como Matthew Broderick e Jean Reno, Godzilla é visto até hoje como uma das grandes decepções daquele ano, apesar de seu relativo sucesso nas bilheterias. Dessa forma, a produtora japonesa Toho, originalmente responsável pelo personagem, decidiu trazer a criatura de volta as telas antes da virada do milênio. O resultado disso foi Godzilla 2000, dando início a uma nova era de filmes da franquia.

Escrito por Hiroshi Kashiwabara e Wataru Mimura, Godzilla 2000 mostra que o personagem-título continua apavorando a população japonesa. Yuji Shinoda (Takehiro Murata), ao lado de sua filha pequena Io (Mayu Suzuki), tenta prever onde serão os ataques, ao mesmo tempo em que tem a companhia da repórter Yuki Ichinose (Naomi Nishida). Enquanto isso, cientistas descobrem uma nave alienígena que está na Terra há milhões de anos, e que, ao acordar, demonstra ter um interesse particular na genética de Godzilla. É então que Tóquio vira o palco de uma batalha destruidora.

Um dos principais problemas de Godzilla 2000 é o fato de o roteiro ter um fiapo de história que se revela bem desinteressante, formulaico e clichê. Assim, o filme não prende totalmente a atenção do público. Ele não se perde por completo graças aos personagens humanos. Estes são carismáticos o bastante para que tenhamos alguém com quem nos importar no meio dos ataques. Outro problema são alguns dos efeitos visuais, que são pouco convincentes, como na cenaem que Godzilla aparece nadando no fundo do mar ou no momento, logo no início, quando um vidro é quebrado (sim, até isso é feito digitalmente).

No entanto, o diretor Takao Okawara consegue passar por cima destas limitações, impressionando com as cenas nas quais Godzilla entraem ação. Pormais precárias que sejam (os prédios arrebentados parecem ter sido feitos de papelão), elas se destacam por trazerem o monstro fazendo aquilo que faz de melhor: destruir a cidade enquanto assusta a população. O filme, inclusive, não perde tempo e inclui um ataque logo em seus primeiros minutos. E se outros exemplares da franquia já haviam deixado claro o quão indestrutível Godzilla é, os humanos continuam teimosos, subestimando sua força ao terem esperança de que alguns mísseis o machuquem. Mas nada chama mais atenção do que a luta final entre Godzilla e Orga, a criatura da nave alienígena, sequência que faz valer o filme. Aliás, Orga mostra ser um vilão à altura de Godzilla, por quem obviamente passamos a torcer no final das contas, não só por ele ser o “monstro bom” da história, mas também pelo sentimento um tanto nostálgico que há em sua volta.

Inserindo pontualmente algumas gags divertidas (como quando Yuji liga o para-brisa de um carro que não tem vidro algum), Godzilla 2000 está longe de ser um grande filme da franquia. Mas dentro do que se propõe a fazer, é eficiente. No final, isso é o suficiente para ficar satisfeito com o que se vê na tela.

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é crítico de cinema, formado em Produção Audiovisual na ULBRA, membro da SBBC (Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos) e editor do blog Brazilian Movie Guy (www.brazilianmovieguy.blogspot.com.br). Cinema, livros, quadrinhos e séries tomam boa parte da sua rotina.
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Thomas Boeira
6
Alysson Oliveira
2
MÉDIA
4

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