Crítica
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Sinopse
Nicky é um experiente charlatão que leva Jess, uma novata na arte da trapaça, como sua pupila. Enquanto Nicky ensina à Jess seus truques, eles desenvolvem um romance. Nicky, prevendo que não poderia namorar Jess, termina a parceria. Três anos mais tarde, eles se reencontram, mas a relação entre a dupla fica bastante conturbada.
Crítica
Há anos que o público brasileiro acompanha a carreira internacional de Rodrigo Santoro com atenção. Desde a estreia muda em As Panteras: Detonando (2003), o ator avançou bastante, mas ainda não emplacou um protagonista forte em Hollywood. Em Golpe Duplo, a maré segue sem mudanças para o lado dele. Rodrigo reafirma a parceria com os cineastas Glenn Ficarra e John Requa (O Golpista do Ano, 2009) e vive o antagonista do filme. A história gira em torno de Nicky (Will Smith), um golpista profissional. Depois de um trabalho triunfante em Nova Orleans, ele dispensa a namorada Jess (Margot Robbie), apesar de ter sentimentos por ela.
Anos depois, Nicky está em Buenos Aires, onde trabalhará para o empresário espanhol Rafael (Santoro). Ele foi contratado para enganar os concorrentes, mas o golpista terá dificuldades em manter a concentração porque Jess está por perto. Ela largou a vida de crimes e namora Rafael.
Golpe Duplo aposta em reviravoltas de roteiro e em planos mirabolantes, com uma história de amor para garantir a simpatia pelo protagonista – a mesma receita da franquia iniciada por Onze Homens e um Segredo (2001). Entretanto, depois que o espectador se habitua à fórmula, fica mais difícil ser enganado pelo enredo, que não dá conta de criar armadilhas convincentes.
Apesar de sua participação diminuta, a campanha de divulgação do filme no Brasil se foca na figura de Santoro. A decisão faz sentido, uma ver que Will Smith não chega a ser novidade nesse tipo de papel. Assim como em Hitch: Conselheiro Amoroso (2005), o ator vive um homem que usa seu carisma para ser bem-sucedido, mas entra em crise por causa de uma mulher. No final das contas, Golpe Duplo entrega pouco. Para um filme com a obrigação inerente de ser surpreendente, o público não é surpreendido tanto assim.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Edu Fernandes | 5 |
Robledo Milani | 6 |
Thomas Boeira | 6 |
Francisco Carbone | 6 |
MÉDIA | 5.8 |
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