Os bastidores conturbados de uma obra-prima. O cineasta Alfred Hitchcock, apesar de sua fama imensa em Hollywood, não consegue apoio para realizar Psicose (1960) nos grande estúdios, estes receosos em investir numa trama de gênero. O resultado foi uma produção quase independente, de baixo orçamento, que mudaria o cinema.
Caro Matheus, gosto de ler seus textos. Cinema é uma velha paixão e Hitch é uma paixão dentro de outra. Hitchcock para mim é mais que um mestre do suspense, é um mestre do cinema. Hitch nunca precisou de Oscar, de Cannes, de Golden Globe ou de qualquer outro prêmio para se tornar o que se tornou. Isso é ser genial! E ele foi tão genial que cada filme que dirigia apagava os rastros que ele ia deixando ao longo de uma carreira de 53 filmes. Ou seja, quando Hitch morreu não havia pegadas na areia (ou na neve) que levassem até ele. Por isso, diretor nenhum consegue falar de Hitch usando a linguagem cinematográfica como forma de expressão. Dezenas de diretores o imitaram - Brian De Palma com Dressed to Kill, Blow Out e Body Double bem que tentou; Robert Benton e seu Still of the Night foi outro que tentou chegar perto; Gus Van Sant refilmou quadro a quadro o célebre Psycho e ficou a ver navios e, mais recentemente dois filmes sobre Hitchcock vieram à tona: O telefilme The Girl, de Julian Jarrold e Hitchcock, de Sacha Gervasi - dois tremendos fiascos quando tiveram a pretensão de falar do grande mestre. Por isso concordo com você Matheus. Hitchcock não deveria ter sido feito. Na esteira (sem rastros) do sucesso do velho cineasta, muitos diretores tentam pegar carona, mas se mostram absolutamente incompetentes. De Palma conseguiu relativo sucesso com Dressed to Kill e Body Double, mas... E depois? Benton e Sant tiveram que ignorar suas experiências hitchcokianas e seguir em frente em outros gêneros cinematográficos. Nada a comentar sobre as obras pífias de Jarrold e de Gervasi. Correndo por fora - e errando mais do que acertando - temos o incansável M. Night Shyamalan (que tascou um 'night' no nome para dar um empurrãozinho no suspense) e seus thrillers (sic!). Ele até faz aparições nos filmes... Mas convenhamos... E nem podemos considerar The Sixth Sense um suspense à la Hitchcock por que não é! O roteiro é um achado, mas o filme de Shyamalan passa longe da estética e da técnica de Hitchcock. E só para encerrar me lembrei de dois filmes: Um de 1963, estrelado pela Audrey Hepburn e pelo Cary Grant chamado Charade, do diretor Stanley Donen e outro de 1967 também estrelado pela Audrey chamado Wait Util Dark, do Terence Young. Sempre que assisto esses filmes passo o tempo todo pensando: Ah! Esses filmes nas mãos do mestre... Um abraço Matheus!
Caro Matheus, gosto de ler seus textos. Cinema é uma velha paixão e Hitch é uma paixão dentro de outra. Hitchcock para mim é mais que um mestre do suspense, é um mestre do cinema. Hitch nunca precisou de Oscar, de Cannes, de Golden Globe ou de qualquer outro prêmio para se tornar o que se tornou. Isso é ser genial! E ele foi tão genial que cada filme que dirigia apagava os rastros que ele ia deixando ao longo de uma carreira de 53 filmes. Ou seja, quando Hitch morreu não havia pegadas na areia (ou na neve) que levassem até ele. Por isso, diretor nenhum consegue falar de Hitch usando a linguagem cinematográfica como forma de expressão. Dezenas de diretores o imitaram - Brian De Palma com Dressed to Kill, Blow Out e Body Double bem que tentou; Robert Benton e seu Still of the Night foi outro que tentou chegar perto; Gus Van Sant refilmou quadro a quadro o célebre Psycho e ficou a ver navios e, mais recentemente dois filmes sobre Hitchcock vieram à tona: O telefilme The Girl, de Julian Jarrold e Hitchcock, de Sacha Gervasi - dois tremendos fiascos quando tiveram a pretensão de falar do grande mestre. Por isso concordo com você Matheus. Hitchcock não deveria ter sido feito. Na esteira (sem rastros) do sucesso do velho cineasta, muitos diretores tentam pegar carona, mas se mostram absolutamente incompetentes. De Palma conseguiu relativo sucesso com Dressed to Kill e Body Double, mas... E depois? Benton e Sant tiveram que ignorar suas experiências hitchcokianas e seguir em frente em outros gêneros cinematográficos. Nada a comentar sobre as obras pífias de Jarrold e de Gervasi. Correndo por fora - e errando mais do que acertando - temos o incansável M. Night Shyamalan (que tascou um 'night' no nome para dar um empurrãozinho no suspense) e seus thrillers (sic!). Ele até faz aparições nos filmes... Mas convenhamos... E nem podemos considerar The Sixth Sense um suspense à la Hitchcock por que não é! O roteiro é um achado, mas o filme de Shyamalan passa longe da estética e da técnica de Hitchcock. E só para encerrar me lembrei de dois filmes: Um de 1963, estrelado pela Audrey Hepburn e pelo Cary Grant chamado Charade, do diretor Stanley Donen e outro de 1967 também estrelado pela Audrey chamado Wait Util Dark, do Terence Young. Sempre que assisto esses filmes passo o tempo todo pensando: Ah! Esses filmes nas mãos do mestre... Um abraço Matheus!