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Sinopse
Um assassino de elite geneticamente programado para ser uma máquina mortífera perfeita e é conhecido apenas pelos dois últimos dígitos do código de barras tatuado em seu pescoço. Ele é o resultado de décadas de pesquisa – e 46 clones anteriores – dando a ele força, velocidade e inteligência nunca vista antes. Seu último objetivo é destruir a corporação que planeja obter o segredo das experiências que o criaram e montar um exército próprio.
Crítica
Levado às telas pela primeira vez em Hitman: Assassino 47 (2007), o personagem apresentado em 2000 no videogame Hitman: Codename 47 foi criado pela empresa IO Interactive. Desde então, já apareceu em mais cinco jogos diferentes, sempre com o mesmo perfil – trata-se de um assassino perfeito, resultado de experiências genéticas cada vez mais exigentes – o 47 do nome vem do código de barras impresso em sua nuca e significa que 46 tentativas foram feitas antes até chegarem a ele. Afinal, nada mais é do que um clone, alterado em sua estrutura biológica justamente para ser infalível – ou ao menos assim espera-se. Mas será justamente a descoberta deste lado mais humano que virá à tona em Hitman: Agente 47, sua segunda incursão pela tela grande, um filme que contém tudo o que se espera de um projeto do gênero, menos o fundamental – a interatividade.
Sai Timothy Olyphant, um ator que tem físico imponente, porém pouco carisma, e assume o papel do protagonista o inglês Rupert Friend, um intérprete ainda pouco conhecido, mas com um histórico de maior versatilidade. Ele desempenha com segurança esse tipo bastante físico, de emoções contidas e ações enérgicas, do qual se espera quase nenhuma hesitação e feitos impressionantes. Não há misericórdia envolvida: sempre com duas ou mais armas em punho e muitas balas para gastar, é do tipo que atira primeiro... e deixa as perguntas para nunca. É uma máquina de matar, e qualquer um interessado em contar os corpos abatidos irá se cansar com bastante rapidez. O ritmo imposto é o mesmo dos jogos de computador, em que os inimigos vão sendo abatidos – e substituídos – com grande agilidade. A diferença, como logo se percebe, é que a aparente aleatoriedade de quem é amigo ou inimigo fica ainda mais aparente, pois o espectador tem seu envolvimento reduzido ao posto de mero espectador. E é em momentos assim que começam a surgir questionamentos se a atenção investida se justifica ou não.
Katia (Hannah Ware, de Shame, 2011) é aquela pela qual todos estão atrás. Isso porque é filha de um importante cientista responsável pelo início do projeto Hitman, e quem conseguir controlá-lo poderá reproduzir os mesmos experimentos. Como ele está desaparecido, é fundamental chegar até ela, a única capaz de localizá-lo. A questão é que nem mesmo a garota sabe do seu passado e origem, como sequer tem a menor ideia de onde encontrar o pai. O Agente 47 será o homem destacado para não apenas mantê-la viva, como também ajudá-la nesta busca – e o envolvimento que naturalmente surge entre os dois irá complicar ainda mais as coisas. Ao mesmo tempo, há o perigo representado por John Smith (Zachary Quinto, com uma determinação violenta que lembra muito o vilão do seriado Heroes, 2006-2010) e pelas forças do Sindicato, que precisa dela para dar sequência aos seus planos de dominação global liderados pelo poderoso Le Clerq (Thomas Kretschmann).
Hitman: Agente 47 não vai muito além disso. É um jogo de gato e rato, com 47 e a garota fugindo das mais improváveis armadilhas, ao mesmo tempo em que os bandidos tentam a cada nova emboscada se superar em quantidade de armamentos e miras descontroladas, que parecem destruir tudo pela frente – menos os alvos almejados. O resultado não vai além do esperado, e se certas reviravoltas até despertam um interesse maior, no geral é tudo mais do mesmo, divertido e inconsequente na mesma medida. Curioso, no entanto, é perceber que foi chamado o mesmo roteirista do longa anterior, o medíocre Skip Woods (X-Men Origens: Wolverine, 2009), para coordenar essa nova versão do personagem. Ou seja, juntou-se as mesmas peças, porém enganou-se quem esperava por algo diferente. Afinal, ingênuo seria imaginar o contrário.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 5 |
Adriana Androvandi | 5 |
Matheus Bonez | 4 |
MÉDIA | 4.7 |
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