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Sinopse

Uma chuva de meteoros atinge a Terra. Logo se descobre que são naves alienígenas que desejam exterminar os seres humanos. A cidade de Los Angeles é alvo de uma das principais batalhas, dentre as várias que ocorrem ao redor do planeta.

Crítica

Quantos filmes de guerra já vimos? E quando um novo surge, o que esperamos é algo diferente e inovador. Pois isso é tudo que não encontramos no cansativo e repetitivo Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles. Tudo aqui já foi visto antes, e de forma muito mais interessante e melhor acabada. O tema lembra muito o recente Distrito 9  e outros do gênero, de Independence Day (1996) à Marte Ataca (1996), enquanto que o visual vem direto de obras premiadas como Guerra ao Terror (2008) e Falcão Negro em Perigo (2001). Ou melhor: é como se os 10 minutos iniciais de Resgate do Soldado Ryan (1998) tivessem sido estendidos por quase duas horas. Dez anos atrás e por um tempo reduzido, foi legal. Agora, é só enfadonho.

Os créditos, por si só, também não ajudam muito. O diretor Jonathan Biebesman é o mesmo de O Massacre da Serra Elétrica: O Início (2006), enquanto que o último texto do roteirista Christopher Bertolini havia sido o thriller mediano A Filha do General, de 1999 (!), com John Travolta. E o elenco não colabora muito também, com a única exceção do protagonista Aaron Eckhart, esse sim um ator de talento que merece esse tipo de estrelato. O problema é que, entre obras independentes e elogiadas, como Obrigado por Fumar (pelo qual ele foi indicado ao Globo de Ouro), ele havia tido chances melhores como coadjuvante em produções de grande destaque, como Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) e Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento (2000). Mas sempre que decide levar a responsabilidade nas costas, o que temos como resultado são produtos irregulares, do nível de O Núcleo (2003), O Pagamento (2003) e Dália Negra (2006)). E, claro, Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles.

Eckhart aparece como um militar traumatizado (qual não é no exército americano?) que é reconvocado às pressas quando aeronaves alienígenas surgem nos céus das principais cidades da Terra. A ação está toda centrada em Los Angeles (com anuncia o título), mas a proposta é de que o mesmo estaria acontecendo nos cinco continentes. Assim, ele precisará superar a desconfiança de um pelotão que não o conhece para liderá-los na luta contra os extra-terrestres – seres humanóides meio orgânicos, meio máquinas. O divertido é que não há a menor possibilidade de diálogo entre invasores e invadidos: o que toma espaço é a pura e simples pancadaria, no melhor estilo “que vença o mais forte”.

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles estreou bem nos Estados Unidos, em primeiro lugar nas bilheterias, o que comprova mais uma vez que os americanos não se cansam de verem a si mesmos como salvadores não só da pátria, mas de todo o planeta. Para qualquer outra pessoa do exterior – como nós, brasileiros – no entanto, será bem mais difícil apreciar as qualidades desta produção, até porque estas são bem limitadas. Sem uma mão forte conduzindo a ação, tudo acaba transmitindo a sensação de que é aleatório e meio que sem sentido. E no meio dessa confusão fica o espectador, lutando sim contra o sono e o tédio, anestesiado pelo excesso. Melhor dormir em casa!

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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Robledo Milani
3
Thomas Boeira
3
MÉDIA
3

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