Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles
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Jonathan Liebesman
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Battle Los Angeles
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2011
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EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Uma chuva de meteoros atinge a Terra. Logo se descobre que são naves alienígenas que desejam exterminar os seres humanos. A cidade de Los Angeles é alvo de uma das principais batalhas, dentre as várias que ocorrem ao redor do planeta.
Crítica
Quantos filmes de guerra já vimos? E quando um novo surge, o que esperamos é algo diferente e inovador. Pois isso é tudo que não encontramos no cansativo e repetitivo Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles. Tudo aqui já foi visto antes, e de forma muito mais interessante e melhor acabada. O tema lembra muito o recente Distrito 9 e outros do gênero, de Independence Day (1996) à Marte Ataca (1996), enquanto que o visual vem direto de obras premiadas como Guerra ao Terror (2008) e Falcão Negro em Perigo (2001). Ou melhor: é como se os 10 minutos iniciais de Resgate do Soldado Ryan (1998) tivessem sido estendidos por quase duas horas. Dez anos atrás e por um tempo reduzido, foi legal. Agora, é só enfadonho.
Os créditos, por si só, também não ajudam muito. O diretor Jonathan Biebesman é o mesmo de O Massacre da Serra Elétrica: O Início (2006), enquanto que o último texto do roteirista Christopher Bertolini havia sido o thriller mediano A Filha do General, de 1999 (!), com John Travolta. E o elenco não colabora muito também, com a única exceção do protagonista Aaron Eckhart, esse sim um ator de talento que merece esse tipo de estrelato. O problema é que, entre obras independentes e elogiadas, como Obrigado por Fumar (pelo qual ele foi indicado ao Globo de Ouro), ele havia tido chances melhores como coadjuvante em produções de grande destaque, como Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) e Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento (2000). Mas sempre que decide levar a responsabilidade nas costas, o que temos como resultado são produtos irregulares, do nível de O Núcleo (2003), O Pagamento (2003) e Dália Negra (2006)). E, claro, Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles.
Eckhart aparece como um militar traumatizado (qual não é no exército americano?) que é reconvocado às pressas quando aeronaves alienígenas surgem nos céus das principais cidades da Terra. A ação está toda centrada em Los Angeles (com anuncia o título), mas a proposta é de que o mesmo estaria acontecendo nos cinco continentes. Assim, ele precisará superar a desconfiança de um pelotão que não o conhece para liderá-los na luta contra os extra-terrestres – seres humanóides meio orgânicos, meio máquinas. O divertido é que não há a menor possibilidade de diálogo entre invasores e invadidos: o que toma espaço é a pura e simples pancadaria, no melhor estilo “que vença o mais forte”.
Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles estreou bem nos Estados Unidos, em primeiro lugar nas bilheterias, o que comprova mais uma vez que os americanos não se cansam de verem a si mesmos como salvadores não só da pátria, mas de todo o planeta. Para qualquer outra pessoa do exterior – como nós, brasileiros – no entanto, será bem mais difícil apreciar as qualidades desta produção, até porque estas são bem limitadas. Sem uma mão forte conduzindo a ação, tudo acaba transmitindo a sensação de que é aleatório e meio que sem sentido. E no meio dessa confusão fica o espectador, lutando sim contra o sono e o tédio, anestesiado pelo excesso. Melhor dormir em casa!
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 3 |
Thomas Boeira | 3 |
MÉDIA | 3 |
No geral eu gostei do filme. Ação do começo ao fim é o que o título propõe, além de que o subtítulo já determina que será mostrada a batalha que ocorre em Los Angeles, não no mundo como o crítico sugere. À partir desta ideia, poderiam ser feitos outros filmes, inclusive o "Invasão do Mundo: Batalha do Rio" ou coisa assim, mostrando desdobramentos da mesma invasão noutra parte do mundo. Da forma como tratam, com batalhas explícitas em solo, fica bem diferente do Independence Day, então não entendi a comparação do crítico associando como iguais. Também não entendi a associação com Guerra Ao Terror, já que neste título há contribuição de civis na batalha e mostra explicitamente a derrota das forças americanas que são atropeladas pelos invasores, o que gera a tensão à cada derrota. Poderia se aproximar de Distrito 9, mas são premissas também diferentes, num filme são invasores passivos e discriminados, já no outro, são ativamente agressivos e voltados ao poderio bélico. Enfim, para mim é uma ótima ficção científica e que poderia até ser mais explorada. Assistiria as sequências e me divertiria, sem dúvidas.