“Iván” de Guto Pasko 105’ 15h15 27th nov 2015 sala 02
Cineplus jd. Américas sexta feira.
Uma produção que toca nosso coração. E como precisamos disto!
Durante seu primeiro trabalho sobre a imigração ucraniana no Paraná, Guto conheceu seu Ivan, um simpático octogenário fabricante de banduras, instrumento trazido da Ucrânia, muito ativo tão cheio de otimismo quanto suas velinhas sopradas a cada aniversário. Na medida que traduz os diários de seu Ivan, o Diretor é envolvido pela história do fabricante de instrumentos e decide ajudar de alguma forma: já estaria delineado portanto seu próximo trabalho, um paralelo entre o conflito mundial que destruiu a Europa há mais de setenta anos e a vida de seu Ivan, alguém fortalecido pelo sofrimento imposto por nazistas e soviets, aquela história: entre o choque das marés contra as rochas, quem sofre são sempre os mariscos!
Logo nos identificamos considerando que seu Ivan reside em Curitiba e ele gosta de dar suas caminhadas, alamedas e calçadas que conhecemos bem. Conta um pouco de sua história, sempre o sorriso no rosto, até que Guto decide fazer a surpresa, apresentando as passagens: seu Ivan poderá rever sua querida irmã! Emoção na forma mais tocante, algo jamais visto, somos envolvidos na expectativa e a partir de então não queremos mais arredar o pé da sala de projeções.
A caminho do Aeroporto Afonso Pena, mais retratos de nossa capital e enfim a chegada à capital Kiev, que seu Ivan não reconhece mais. Numa feirinha local algo hipnotiza nosso herói e a nós, dois rapazes tocam de forma sublime e afinação a amada bandura, ícone da identidade ucraniana ainda viva. Abençoa os meninos enchendo seus corações de alegria. A esta altura todos na sala torcem pelo senhorzinho, para que encontre logo seus amados.
Com uma belíssima fotografia, afinal a Ucrânia é um belo pais, e trilha sonora chega dentro de nossos corações, logo sabemos que de forma inteligente Guto Pasko deixa o melhor para o final, o encontro de seu Ivan com a querida irmãzinha, após 68 anos.
Dividido como em capítulos, as etapas são marcadas quando nosso herói se encontra caminhando num campo de girassóis, um dos símbolos da Ucrânia. Rápidos instantes que cristalizam em nossa memória e que levaremos para sempre em nossa lembrança.
Recheado de momentos tocantes e muita história, há uma pequena aula em cada relato e nas marcas deixadas por regimes totalitários, já que seu Ivan foi proibido de voltar a terra natal acusado pela união Soviética de traição, mesmo sendo levado a força para campos nazistas de trabalhos forçados: em qualquer tempo e lugar, o povo sempre paga o equívoco de governantes acéfalos e narcisistas.
Enfim, o encontro com sua irmã, emoção a flor da pele e a partir daí fica quase impossível conter as lágrimas – apenas “Labirinto do Fauno” fez isso comigo até então – entendemos o significado da palavra amor em seu sentido mais sublime, carinho e dedicação daqueles que nunca se esquecem de nós, guardam a recordação dentro de seu coração.
Um trabalho magnifico, lindo, regado de muito realismo e sentimento extremado!
Ricardo Klass.
“Iván” de Guto Pasko 105’ 15h15 27th nov 2015 sala 02 Cineplus jd. Américas sexta feira. Uma produção que toca nosso coração. E como precisamos disto! Durante seu primeiro trabalho sobre a imigração ucraniana no Paraná, Guto conheceu seu Ivan, um simpático octogenário fabricante de banduras, instrumento trazido da Ucrânia, muito ativo tão cheio de otimismo quanto suas velinhas sopradas a cada aniversário. Na medida que traduz os diários de seu Ivan, o Diretor é envolvido pela história do fabricante de instrumentos e decide ajudar de alguma forma: já estaria delineado portanto seu próximo trabalho, um paralelo entre o conflito mundial que destruiu a Europa há mais de setenta anos e a vida de seu Ivan, alguém fortalecido pelo sofrimento imposto por nazistas e soviets, aquela história: entre o choque das marés contra as rochas, quem sofre são sempre os mariscos! Logo nos identificamos considerando que seu Ivan reside em Curitiba e ele gosta de dar suas caminhadas, alamedas e calçadas que conhecemos bem. Conta um pouco de sua história, sempre o sorriso no rosto, até que Guto decide fazer a surpresa, apresentando as passagens: seu Ivan poderá rever sua querida irmã! Emoção na forma mais tocante, algo jamais visto, somos envolvidos na expectativa e a partir de então não queremos mais arredar o pé da sala de projeções. A caminho do Aeroporto Afonso Pena, mais retratos de nossa capital e enfim a chegada à capital Kiev, que seu Ivan não reconhece mais. Numa feirinha local algo hipnotiza nosso herói e a nós, dois rapazes tocam de forma sublime e afinação a amada bandura, ícone da identidade ucraniana ainda viva. Abençoa os meninos enchendo seus corações de alegria. A esta altura todos na sala torcem pelo senhorzinho, para que encontre logo seus amados. Com uma belíssima fotografia, afinal a Ucrânia é um belo pais, e trilha sonora chega dentro de nossos corações, logo sabemos que de forma inteligente Guto Pasko deixa o melhor para o final, o encontro de seu Ivan com a querida irmãzinha, após 68 anos. Dividido como em capítulos, as etapas são marcadas quando nosso herói se encontra caminhando num campo de girassóis, um dos símbolos da Ucrânia. Rápidos instantes que cristalizam em nossa memória e que levaremos para sempre em nossa lembrança. Recheado de momentos tocantes e muita história, há uma pequena aula em cada relato e nas marcas deixadas por regimes totalitários, já que seu Ivan foi proibido de voltar a terra natal acusado pela união Soviética de traição, mesmo sendo levado a força para campos nazistas de trabalhos forçados: em qualquer tempo e lugar, o povo sempre paga o equívoco de governantes acéfalos e narcisistas. Enfim, o encontro com sua irmã, emoção a flor da pele e a partir daí fica quase impossível conter as lágrimas – apenas “Labirinto do Fauno” fez isso comigo até então – entendemos o significado da palavra amor em seu sentido mais sublime, carinho e dedicação daqueles que nunca se esquecem de nós, guardam a recordação dentro de seu coração. Um trabalho magnifico, lindo, regado de muito realismo e sentimento extremado! Ricardo Klass.