Crítica
7
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8.2
Sinopse
Um ataque terrorista mata quase toda a família da adolescente Maxi. Revoltada com a incapacidade da polícia em encontrar culpados, ela se aproxima de Karl, o líder carismático de um grupo de extrema-direita que prega a deportação dos imigrantes e uma Europa branca. Maxi se sente acolhida pelo grupo, mas quando perceber as verdadeiras ideias por trás do movimento, talvez seja tarde demais.
Boa resenha. Só acrescentaria que o nome do filme é uma clara alusão a Je suis Charlie, slogan que serviu a islamofobia como uma luva embora não tivesse, em sua origem, esta intenção. O duplo sentido de "suis" (suivre/être) é secundário, a meu ver.
A tônica é o medo, o terror e o ódio, principais ingredientes do neofascismo. O caráter eugenista; o pensamento eurocentrista. No seminário, você não vê um negro, só gente de pele clara; somente no final na hora da perseguição eles aparecem. Nas últimas eleições na Alemanha a extrema direita atingi 10% dos votos o que não é pouco. Na frança, não sei se você viu o artigo que te mandei do Blay, surgiu uma nova figura fascista, o zemmour; jornalista, dizem que tem boa oratória, é inteligente e cultor e está desbancando a própria Marine Le pen, que até então era o ícone da extrema direita de lá. O fascismo está crescendo na Europa. Brecht dizia que a cadela do fascismo está sempre no cio. Ontem a folha publicou um artigo de Marili Pereira Jorge afirmando que o bananinha (Eduardo Bolsonaro) é o mais perigoso dos irmãos; vem fazendo contato com várias lideranças da ED mundo afora, a exemplo do Vox na Espanha, que recentemente divulgou uma matéria que foi veiculada pelo jornal da Record esta semana, dizendo que o PT tem ligações com o narcotráfico. Aquele final do filme é bem metafórico. Um túnel sem luz, sem saída, demonstra bem o que está por vir. Creio que em algum tempo teremos novos confrontos por aí. O discurso de que o governo e o estado não protege é aquele mesmo discurso pregado nas manifestações de 2013, aqui no Brasil.
Esse filme é mais uma prova que o nazismo está dialeticamente alinhado com o pensamento revolucionário onde o gramscismo, mais um braço do marxismo cultural, é usado para que os atores políticos atinjam um fim sem a necessidade de pegarem em armas diretamente, usando apenas o convencimento juvenil e ações de guerrilha e terrorismo psicológicos afins de uma ideologia coletivista.
Moço, nacional-socialismo é de extrema-esquerda! A extrema-direita não é: racista, segregacionista, misógina e menos ainda genocida!
Bem observada a ambiguidade proporcionada pelos verbos être e suivre. Não tinha me dado conta.