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Crítica


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Sinopse

Ainda tristes por conta do sacrifício de Spock, os membros da U.S.S. Enterprise retornam à Terra e recebem a notícia de que a tripulação será desfeita. Kirk recebe a visita do pai de Spock e fica sabendo que o amigo pode ter uma segunda chance. Todos partem ao planeta Genesis para tentar fazer isso dar certo.

Crítica

O final de Jornada nas Estrelas: A Ira de Khan (1982) foi um soco no estômago dos trekkers espalhados pelo mundo. Porém, como tudo que é pop precisa voltar de alguma maneira, os envolvidos na produção dos filmes não poderiam deixar de tentar que Spock voltasse à vida. E esta busca por uma nova chance ao orelhudo mais amado da ficção científica é o que move o terceiro longa da série, À Procura de Spock. No início deste filme, os momentos finais do longa anterior são lembrados para situar quem não o viu. Após a tragédia, Kirk (William Shatner) e seus companheiros voltam para casa quando o Projeto Gênesis vira alvo de polêmica: o dispositivo tem a capacidade de tornar fértil qualquer planeta estéril, mas ao mesmo tempo, pode eliminar toda a vida do mesmo. O que, é claro, atrai a atenção do Império Klingon.

Ao mesmo tempo, o Dr. McCoy (DeForest Kelley) começa a dar sinais de insanidade, o que pode estar ligado à morte de Spock.  Com este amálgama de situações, a frota acaba agindo contra as ordens da Federação para resolver os problemas galácticos – e tentar dar uma nova vida à Spock. O filme é dirigido pelo próprio Leonard Nimoy (intérprete de Spock, para quem não sabe) e nos créditos iniciais seu nome consta apenas como realizador, mas não no elenco. Uma bela jogada para intrigar os fãs mais ardorosos que, numa época sem internet, spoilers e notícias bombando a toda hora, ficavam enlouquecidos criando várias teorias para o que poderia acontecer.

E, realmente, o roteiro e a direção segura de Nimoy (que estreava atrás das câmeras, por sinal) conseguem prender a atenção e deixar este suspense no ar durante praticamente o filme inteiro. Não é nenhum spoiler dizer o que vai acontecer ao término do longa, mas o interessante é o modo como isso acaba sendo feito. Provavelmente uma produção destas, hoje em dia, não teria surpresa nenhuma, mas a para época, era outra história. Jornada nas Estrelas: À Procura de Spock é, provavelmente, um dos filmes mais emocionantes da série. O problema é que, quem não é fã, pode ficar disperso com várias referências. Além disso, Shatner mostra que realmente não serve para papéis dramáticos. Beiram ao escrachado seus momentos de maior tensão ou emoção. Artificialidade pouca é bobagem.

O maior mérito do longa é conseguir se segurar sem sua maior referência por quase uma hora e 30 minutos. Além de tudo, sempre é uma delícia ver um time de atores tão bem entrosado, com uma química que nem os vários anos de convivência foram capazes de destruir. Pelo contrário. Aqui está mais forte do que nunca. E desafio a qualquer um não sentir uma leve engasgada quando os momentos finais passam na tela, sendo trekker ou não. Afinal, o bom filho à casa torna, mas nem sempre como a gente espera.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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Grade crítica

CríticoNota
Matheus Bonez
6
Chico Fireman
6
MÉDIA
6

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