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Sinopse

Rebelada contra a Federação para proteger os habitantes de um planeta, a tripulação da Enterprise decide, sob o comando do capitão Jean-Luc Picard, encabeçar uma revolta para preservar a vida nessa terra paradisíaca.

Crítica

Quando Jornada nas Estrelas: Insurreição estreou, a franquia Star Trek já demonstrava sinais claros de esgotamento criativo. Para uma série que ganhou seus primeiros contornos em 1961, a ficção em 1998 explorava caminhos muito diferentes, que não foram captados adequadamente pela mítica criação de Gene Roddenberry. O nono episódio da saga para o cinema já nasceu datado e passível de uma reinvenção satisfatória, ainda que demonstrasse alguns dos atrativos que levaram uma legião de fãs a se autodenominar trekker.

Jornada nas Estrelas: Insurreição apresenta a tripulação da USS Enterprise-E numa rebelião contra o almirante Matthew Dougherty, quando descobre que ele protege as intenções conspiratórias dos Son’a, espécie que pretende roubar o planeta dos pacíficos Ba’ku. A insurreição do título ocorre já no início da trama, com os habitantes de Ba’ku sendo resgatados pela equipe do capitão Jean-Luc Picard, que logo se torna ciente das verdadeiras intenções da invasão.

Após Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato (1996), a Paramount decidiu alterar o tom da série, que neste filme se dedica aos personagens de maneira leve e cômica. Até mesmo o vilão de F. Murray Abraham é espirituoso, e nem mesmo sua maquiagem prostética, elaborada pelo incensado Michael Westmore, consegue atribuir crueldade às suas motivações superficiais. Patrick Stewart e sua personificação para o capitão Picard nunca foi tão despretensiosa, o que se torna ainda mais evidente com a relação amorosa que ele desenvolve com uma nativa de Ba’ku.

Com o desenrolar do enredo de Jornada nas Estrelas: Insurreição, percebe-se claramente a inspiração do monomito na estrutura de seu roteiro, artifício baseado na teoria narrativa de Joseph Campbell e utilizado à exaustão por franquias como Star Trek. No entanto, o tom vagaroso acidentalmente proposto por Michael Piller oferece a sensação de que o filme não é mais do que um episódio estendido da série televisiva. Por desenvolver a maioria de seus atos no planeta dos Ba’ku, a produção do filme se valeu de muitas locações pouco criativas para as externas e pela primeira vez utilizou apenas computação gráfica para criar os efeitos do espaço, que são razoáveis para o período em que foi realizado.

Dirigido por Jonathan Frakes, o Comandante Riker, que já havia se encarregado do posto na produção anterior da saga, Jornada nas Estrelas: Insurreição é um “mais do mesmo” desinteressante. Para a tristeza dos trekkers, a longínqua saga estava cada vez mais próxima do fim – isso até a reinvenção de J.J. Abrams para outra “nova geração”. Mas esta é outra história.

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é crítico de cinema, membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Graduado em Publicidade e Propaganda, coordena a Unidade de Cinema e Vídeo de Caxias do Sul, programa a Sala de Cinema Ulysses Geremia e integra a Comissão de Cinema e Vídeo do Financiarte.
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