Crítica
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Sinopse
O primeiro encontro de Holly e Eric é um desastre. A única coisa que têm em comum é a paixão pela afilhada, Sophie. Só que um acidente fatal deixou a menina órfã e a dupla foi designada para cuidar da pequenina. Obrigados a permanecerem juntos, enfrentam dificuldades típicas de quem passa a ser pai e mãe de uma hora para outra e começam a se entender melhor.
Crítica
Em roteiros de comédias românticas, todo o universo conspira para que o casal principal fique junto ao final da história. Não interessa se eles moram em países diferentes, se odeiam um ao outro no primeiro encontro, se tem objetivos e planos conflitantes. Aliás, quanto maior a complicação para que o casal fique junto ao final, melhor. Como já são muitos os filmes dentro do gênero, é preciso que os roteiristas sejam criativos ao extremo para conceber formas diferentes para um homem e uma mulher se conhecerem e, no fim das contas, se unirem. Mas será que realmente precisam matar um casal com um bebê de apenas um ano para que Holly (Katherine Heigl) e Messer (Josh Duhamel) formem um par perfeito? É essa a história básica de Juntos pelo Acaso, dirigido por Greg Berlanti (Com Amor, Simon, 2018) e com roteiro dos estreantes Ian Deitchman e Kristin Rusk Robinson.
Na trama, Peter (Hayes McArthur, de Super Tiras 2, 2018) e Alison (Christina Hendricks) armam um encontro às escuras entre seus dois melhores amigos, a confeiteira Holly e o desajustado Messer. O pretenso jantar nem chega a acontecer, já que eles se detestam logo ao se conhecerem. Os dois nunca mais olhariam um para o outro não fosse a amizade com o casal, que os convida para padrinhos de sua primeira filha, Sophie. O que ninguém esperava era a morte prematura de Peter e Alison. Com o casal morto, Holly e Messer ganham a guarda da criança e, agora, precisarão se suportar para dar um saudável ambiente para o bebê. Só quem nunca assistiu a uma comédia romântica não sabe como esta história acabará. Muitas confusões, brigas e ciúmes depois, Holly e Messer acham uma forma de fazer sua relação funcionar. Nada de novo. Apesar disso, Juntos pelo Acaso guarda algumas pequenas armas que fazem do filme um programa agradável.
A escalação de Katherine Heigl como protagonista é um acerto, visto que ela sempre consegue injetar simpatia aos papéis que faz. Apesar de interpretar pela enésima vez a mulher organizada e neurótica por controle, a atriz tem provado a cada nova produção que consegue sustentar um longa-metragem. Em seus últimos trabalhos, a atriz dividiu a tela com James Marsden em Vestida para Casar (2008), Gerard Butler em A Verdade Nua e Crua (2009) e Ashton Kutcher em Par Perfeito (2010), e sempre conseguiu se sobressair ao lado de seus parceiros. Desta vez não é diferente, mesmo que Josh Duhamel faça um trabalho decente.
O ator, mais conhecido pelo seu personagem televisivo no seriado Las Vegas (2003-2008), interpreta o tipo solteiro irresistível para as mulheres, aquele homem que não sai de um supermercado sem o telefone de uma próxima transa. Apesar de parecer bastante superficial, Messer realmente se preocupa com o futuro de Sophie e resolve encarar a tarefa de cuidar da afilhada – depois de, claro, tentar passar a função para alguém mais qualificado. O seu sentimento por Sophie amolece o coração de Holly, que acaba não achando tão ruim ter de dividir o teto com o até então desprezível sujeito.
Juntos pelo Acaso não corre contra o tempo para promover a união dos protagonistas, tanto que, em certo momento, parece que nada acontecerá entre os dois. Este é mais um acerto do trabalho de Greg Berlanti. Como a repulsa entre o casal principal era grande demais no início, ficaria terrivelmente forçado engatar um romance logo depois da morte dos amigos. Com a narrativa dividida pelas estações do ano, observamos o passar do tempo na vida da nova família e podemos ver paulatinamente a atração entre Holly e Messer nascer e crescer. Além disso, destaco ainda o pequeno, mas eficaz, papel de Sarah Burns (Amor à Distância, 2010), como uma não ortodoxa assistente social, e Josh Lucas, interpretando o indefectível homem-perfeito-que-aparece-na-hora-errada. Com algumas boas cenas engraçadas e outras mais afetuosas, relacionadas ao bebê, Juntos pelo Acaso deve conquistar os espectadores pela simpatia do casal principal. Nunca chega a ser genial, mas igualmente não ofende.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Rodrigo de Oliveira | 6 |
Robledo Milani | 4 |
Thomas Boeira | 6 |
Adriana Androvandi | 6 |
MÉDIA | 5.5 |
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