float(3) float(2) float(1.5)

Crítica


6

Leitores


2 votos 3

Onde Assistir

Sinopse

Paula é uma cirurgiã plástica que aplica em si própria uma fórmula experimental para acabar com as celulites. O procedimento dá errado e ela acaba morrendo. Com a ajuda de um amigo médium, a médica volta à Terra para evitar que sua sócia coloque o nocivo produto no mercado.

Crítica

O Brasil é um dos maiores no mercado mundial ligado a estética. A proliferação de salões de beleza de diversos tipos e a propaganda maciça na TV retratam essa realidade. Linda de Morrer tira proveito dessa “compulsão”, mirando no pior inimigo da mulheres: a celulite. Agora, é esperar para ver se vai acertar no gosto do espectador e se a propaganda boca-a-boca terá efeito de vitamina ou não.

Paula (Gloria Pires) é mãe, é meio neurótica, só tem tempo para o trabalho e descobriu uma fórmula para acabar com a celulite e deixar as mulheres felizes. Vaidosa ao extremo, usa o próprio “remedinho”, mas não contava que o produto que a deixou linda tivesse problemas. Como resultado, os efeitos colaterais acabam lhe matando. Por uma “feliz” coincidência, uma mãe de santo (Suzana Vieira) morre no mesmo momento e será o neto dela (Emílio Dantas) o caminho “paranormal” para que Paula salve futuras vítimas e ainda tente se redimir com a própria filha (Antonia Morais).

Carregando no humor escrachado, o roteiro escrito a 10 mãos se aproveita ao máximo dos efeitos colaterais (loucura e tesão) do tal remédio para provocar o riso. Tira sarro de programa feminino matinal, de sertanejo universitário, dos gays, da dependência pela beleza, telefone celular etc. Ao mesmo tempo, encaixa uma pegada romântica e dramática ao abordar (de leve) os conflitos entre mãe e filha. Sem originalidade, os efeitos especiais (honestos) podem incomodar os mais exigentes, assim como influências de outros filmes (não é demérito) como A Morte Lhe Cai Bem (1992) ou Ghost: Do Outro Lado da Vida (1990). Desse último, o personagem de Glória parece um híbrido da médium (Whoopi Goldberg) e o morto (Patrick Swayze).

Terceiro longa solo de Cris D’Amato (S.O.S.: Mulheres ao Mar, 2014, e Sem Controle, 2007) na direção, essa produção de Iafa Britz (Minha Mãe É Uma Peça, 2013) segue a fórmula para obter bons resultados nas bilheterias e a escalação de uma atriz consagrada espelha isso. O título tem uma pegada popular e condições de divertir o espectador já “viciado” em conteúdo sem muitas reflexões. Acima de tudo, é uma comédia leve, bem conduzida, que mexe com uma tema caro e procura trabalhar a questão dos pais ausentes. Assim, mesmo que você faça parte do grupo que não irá morrer de rir, Linda de Morrer não tem contraindicações.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
avatar
é publicitário, crítico de cinema e editor-executivo da revista Preview. Membro da ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro, filiada a FIPRESCI - Federação Internacional da Crítica Internacional) e da ABRACCINE - Associação Brasileira dos Críticos de Cinema. Enviado especial do Papo de Cinema ao Festival Internacional de Cinema de Cannes, em 2014.
avatar

Últimos artigos deRoberto Cunha (Ver Tudo)

Grade crítica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *