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Crítica


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1 voto 8

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Sinopse

Uma mulher morre bem no dia marcado para seu casamento. Mais adiante, como um espírito encrenqueiro, ela tenta sabotar o novo relacionamento do seu ex-noivo.

Crítica

É muito fácil apontar os problemas da comédia Nem Por Cima do Meu Cadáver. Difícil mesmo é encontrar algum mérito neste tremendo desperdício de tempo e de dinheiro. Mas enfim, procurei me inspirar no melhor do meu bom humor e consegui levantar uma lista de 1 a 10, escalando o que era de positivo e o que, obviamente, estava no negativo. E garanto: o saldo final não foi nada surpreendente!

01. Paul Rudd é um ótimo comediante. Ele pode não ser o melhor ator do mundo, mas o cara se esforça. Afinal, foram poucos os convidados especiais que conseguiram se destacar em Friends e ainda garantir um papel fixo na série, além dele ter salvo outras diversas comédias românticas, como Nunca é Tarde Para Amar (2007), A Razão do Meu Afeto (1998) e As Patricinhas de Beverly Hills (1995), entre tantas.

02. Jason Biggs é engraçado. O cara foi protagonista da saga American Pie, o que tanto conta contra quanto a favor, mas foi ali que o notamos pela primeira vez – e, desde então, até alter ego do Woody Allen ele já foi! E mesmo com um personagem tão ingrato quanto este aqui, como um falso gay, ele consegue garantir duas ou três boas risadas.

03. Nunca vimos uma protagonista morrer tão cedo, e de forma tão estúpida – sim, ela é literalmente esmagada por um anjo de gelo! Ao menos pelo ineditismo já tá contando.

04. Eva Longoria pode ser linda, mas não tem cacife para carregar sozinho qualquer produção, seja ela séria ou não. Se na série Desperate Housewives ela garante destaque mais pelo charme e comicidade, no thriller Sentinela, ao lado de Michael Douglas, passou praticamente desapercebida. E agora comprovou que seu talento não é tão elástico assim.

05. Quem é Lake Bell? E quem disse que ela é engraçada, charmosa ou minimamente simpática? Depois de uma série de papéis menores na televisão, essa garota está começando a se destacar (em breve estará ao lado de Colin Farrell e Edward Norton em Força Policial2008), mas pelo que vi aqui simplesmente não consigo entender o porquê!

06. Quem aguenta ainda histórias de fantasmas apaixonados? Esse Nem Por Cima do Meu Cadáver é um remake muito mal feito de O Céu Pode Esperar (1978) com elementos de Ghost: Do Outro Lado da Vida (1990) e Alguém Lá Em Cima Gosta de Mim (1977) mas sem a mínima inspiração destes. Piada velha e reciclada.

07. Autor do roteiro e responsável pela direção, Jeff Lowell estreou na tela grande com Nem Por Cima do Meu Cadáver. Resultado? Volte para a televisão, amigo. Ou melhor, esqueça dessa vida e vá tentar outra carreira!

08. A trilha sonora pode ser mais clichê e óbvia? Começamos com Mas Que Nada, claro que na versão de Sergio Mendes com os Black Eyed Peas, bastante alusivo ao espírito “latino” da protagonista, e terminamos com I Can See Clearly Now, do Jimmy Cliff, provando que a lição foi aprendida. Neste meio tempo, até espaço para “Carmina Burana” eles encontraram. De doer os ouvidos!

09. O orçamento foi de meros US$ 10 milhões, o que é bastante baixo para os padrões norte-americanos, e mesmo assim não conseguiu se pagar, arrecadando cerca de US$ 7,5 milhões após dois meses em cartaz, quando saiu para não mais voltar.

10. Segundo os críticos do site Rotten Tomatoes, Nem Por Cima do Meu Cadáver recebeu nota 15 / 100, com 82 resenhas negativas dentre as 97 compiladas. Já no Metacritics o filme ganhou nota 30 / 100, dentre 29 críticas, enquanto que os usuários do site conferiram ao filme nota 4,9 / 10. Ou seja, independente de quem consultarmos, todos concordam que o resultado é muito aquém do esperado!

Satisfeito? Nem eu, com toda a minha boa vontade, consegui ir muito além de três razões para se ver Nem Por Cima do Meu Cadáver. Só malucos, com absolutamente nada a fazer, ou fãs alucinados pela Sra. Longoria, irão encontrar algo relativamente interessante nesta produção. Os demais, ou seja, 99% da população, o conselho é: evite a qualquer custo!

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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Robledo Milani
3
Edu Fernandes
5
MÉDIA
4

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