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Sinopse
Aos 55 anos, o assassino profissional Jimmy Conlon já viveu dias melhores. Amigo de longa data do chefão da máfia, é assombrado não apenas pelos pecados cometidos no passado, mas também por um detetive de polícia que há 30 anos o persegue. Mas quando seu filho, Mike, torna-se alvo de bandidos, terá que optar entre seus companheiros criminosos e sua verdadeira família.
Crítica
Filmes de ação com um cara durão fazendo justiça com as próprias mãos fazem sucesso, alguns mais do que outros. A carreira do irlandês Liam Neeson ganhou uma sobrevida e tanto exatamente por encarnar o impiedoso Bryan Mills em Busca Implacável (2008), que gerou sequências em 2012 e 2014, além de outros títulos com essa pegada nos últimos anos. É o que acontece agora com Noite Sem Fim e seu personagem Jimmy Conlon.
O protagonista tem um talento nato para eliminar pessoas e sua lealdade com um mafioso (Ed Harris) acabou por afastá-lo das pessoas que ama, como a esposa e o filho (Joel Kinnaman), que agora tem sua própria família e renega a existência do pai. Mas o destino pregou uma peça neles e acabou aproximando os desafetos por conta do desejo de vingança do criminoso, que pretende matá-los. Começa então uma corrida contra o tempo no melhor estilo olho por olho, dente por dente, lembrando que o herói (?) em questão curte armas antigas, como um revólver de grosso calibre ou uma bela carabina Winchester.
Entre as referências, dá para lembrar de Duro de Matar (1988) numa sequência inicial em que a música dentro de um carro esconde o som dos tiros de um crime, e também é difícil não pensar em Caçadores de Emoção (1991) na hora da perseguição a pé por entre becos e quintais residenciais. Aliás, Junkie XL fez a boa (muito usada) trilha sonora deste Noite Sem Fim e também a do novo Caçadores de Emoção: Além do Limite (2015). Outras curiosidades são as participações do veterano Nick Nolte e a do rapper Common, este vencedor neste ano do Globo de Ouro e do Oscar pela Canção Original de Selma (2014), mas aqui robótico como um T-800 e protagonista da mais rápida cicatrização de queimadura no rosto do planeta Hollywood.
Escrito pelo desconhecido Brad Ingelsby (Tudo por Justiça, 2013), o roteiro apresenta os conflitos existenciais e afetivos de personagens, porém falta mais investimento para envolver aqueles que buscam alguma densidade e não aceitam muitas licenças criativas. Por outro lado, os diálogos curtos (bons), com toques de humor e uma superficial crítica social têm plenas condições de convencer os menos exigentes em busca de cenas de ação bem executadas. O mérito é da edição esperta e do diretor Jaume Collet-Serra, que repete aqui sua terceira parceria com o ator de Sem Escalas (2014) e do ótimo Desconhecido (2011). Orçado em US$ 50 milhões, já superou esse valor somadas as bilheterias internacionais, mas está longe de ser considerado um sucesso doméstico. O que não significa muita coisa, pois não faltam exemplos de títulos que estrearam mal nos Estados Unidos e foram bem recebidos no Brasil. Assista e descubra de que lado você está.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Roberto Cunha | 6 |
Robledo Milani | 5 |
Edu Fernandes | 6 |
Thomas Boeira | 6 |
Francisco Carbone | 9 |
MÉDIA | 6.4 |
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