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Crítica


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1 voto 8

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Sinopse

Apesar de ter se afastado da CIA, Peter é chamado para mais um caso, quando tem que enfrentar um adversário treinado por ele mesmo, em uma trama envolvendo o novo presidente da Rússia.

Crítica

Depois de estrelar quatro filmes como James Bond na franquia 007, Pierce Brosnan ficou meio longe dos thrillers de espionagem, se dividindo entre outros gêneros que vão da comédia até a fantasia. Mas o ator retorna ao nicho no qual obteve mais sucesso neste November Man: Um Espião Nunca Morre, thriller comandado por Roger Donaldson, diretor com quem o astro trabalhou no já esquecido O Inferno de Dante (1997). E apesar de problemático, a nova parceria dos dois resulta em uma obra razoável, em parte exatamente por causa da presença de Brosnan.

Baseado no livro de Bill Granger, o roteiro escrito por Michael Finch e Karl Gajdusek se concentra em Peter Deveraux (Brosnan), agente da CIA que se aposenta depois que uma de suas missões termina tragicamente graças a um erro de seu então pupilo David Mason (Luke Bracey). Anos depois, Deveraux é chamado por seu superior, John Henley (Bill Smitrovich), para ajudar na fuga de uma informante que conseguiu provas de que o presidente eleito da Rússia, Arkady Federov (Lazar Ristovski), é um criminoso de guerra. Mas as coisas não saem como planejado e a CIA fica no encalço de Deveraux, que com o auxílio da assistente social Alice Fournier (Olga Kurylenko) tenta desmantelar a conspiração por trás do que está acontecendo, ao passo que Mason é enviado para eliminá-lo. O clima conspiratório imposto pelo diretor funciona bem, envolvendo o espectador durante a maior parte do tempo. Mas se nesse aspecto o realizador acerta, o mesmo não pode ser dito sobre o modo como conduz as cenas de ação, que se revelam burocráticas em sua maioria, sem nada de especial.

Assim, o atrativo absoluto do filme acaba sendo Pierce Brosnan, que surpreende ao encarnar Peter Deveraux com uma intensidade que pouco tem se visto em seus trabalhos recentes. Com uma presença admirável em cena, o protagonista se revela uma figura cuja autoridade e experiência ficam evidentes logo de cara, sem falar que é curioso vê-lo sem maiores pudores, inclusive atacando pessoas inocentes – quando necessário – para atingir alguém que vê como inimigo. E a relação de Deveraux com Mason (interpretado com segurança por Bracey) chama atenção pelo respeito que eles claramente têm um pelo outro, mesmo estando em lados opostos. No entanto, é uma pena que isso não reflita na dinâmica dele com Alice Fournier, personagem que a bela Olga Kurylenko faz o possível para tornar interessante, se saindo razoavelmente bem na maior parte do tempo, apesar do roteiro não ajudá-la muito.

Inicialmente, November Man aparenta ter potencial para render um belo filme, mas à medida que avançamos na narrativa ele vai caindo com facilidade em uma sucessão de clichês, além de perder um pouco o foco da história de vez em quando. Isso ocorre até pelo fato do roteiro inserir muito mais peças do que é capaz de lidar em seu jogo de gato e rato, numa possível tentativa de deixar a trama mais complexa. Se equilibrando entre acertos e erros, este é um filme que até pode entreter enquanto durar. Mas, em última análise, é o tipo de produção que passa despercebida por não fazer nada muito memorável em termos narrativos.

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é crítico de cinema, formado em Produção Audiovisual na ULBRA, membro da SBBC (Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos) e editor do blog Brazilian Movie Guy (www.brazilianmovieguy.blogspot.com.br). Cinema, livros, quadrinhos e séries tomam boa parte da sua rotina.
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Grade crítica

CríticoNota
Thomas Boeira
6
Marcio Sallem
6
MÉDIA
6

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