Crítica
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Sinopse
Jupiter Jones é a descendente de uma linhagem que a coloca como a próxima ocupante do posto de Rainha do Universo. Sem saber disto, ela segue sua vida pacata trabalhando como empregada doméstica nos Estados Unidos, país onde vive após deixar a Rússia. Um dia, ela recebe a visita de Caine, um ex-militar alterado geneticamente que tem por missão protegê-la a todo custo e levá-la para assumir seu lugar de direito.
Crítica
A eventual existência de mundos paralelos exerce fascinação em cientistas, estudiosos, cineastas e também em meros mortais, como o autor destas mal traçadas linhas. Por conta disso, volta e meia o cinema recebe uma obra inspirada na ideia de que o mundo, como o conhecemos, é pura ficção, e os humanos, definitivamente, não estão sozinhos. O Destino de Júpiter tem nomes conhecidos no elenco e foi realizado por uma dupla de diretores e roteiristas cultuados pela bem sucedida trilogia Matrix. Agora, resta saber se para você será uma viagem alucinante ou uma história alucinada.
A jovem Júpiter (Mila Kunis) não conheceu o pai, morto antes dela nascer, e carrega como herança o nome escolhido por ele, um cara fascinado pela estrelas. Vivendo nos Estados Unidos com a mãe e trabalhando como faxineira, ela tem sua vida virada do avesso ao se descobrir alvo de interesses nada amigáveis de um poderoso clã de alienígenas (um deles é Eddie Redmayne, sofrível), que descobriu nela poderes de mudar o rumo do universo. Com o perigo nas mãos do desconhecido ficando cada vez mais iminente, um agente especial espacial e rebelde (Channing Tatum) se torna peça fundamental para a sobrevivência dela, além de objeto de desejo.
Escrita, produzida e dirigida pelas irmãs Lilly e Lana Wachowski, a produção deve deixar o público louco por bons efeitos especiais de queixo caído. Por outro lado, os excesso visuais, em alguns momentos, podem tornar a experiência também cansativa, sensação parecida que acontece na utilização da ótima trilha sonora do premiado Michael Giacchino, duas vezes indicado ao Oscar e ganhador de uma estatueta com a animação Up: Altas Aventuras (2009). Criada pela dupla, a trama parece dividida entre não ser pretensiosa e, ao mesmo tempo, louca para ser definitiva, querendo explicar, por exemplo, que insanas sequências de destruição feitas por naves e aliens, na Terra, são resolvidas com reconstruções mágicas e o simples apagar de memórias dos terráqueos. Oi?!?
Sem deixar de ser criativo, o roteiro vai longe e coloca o planeta como parte de uma "indústria" espacial, mas explora temas terrenos como rixas familiares, traição, amor à primeira vista, corrupção e o desejo da vida eterna. Bem humorado, pode até conseguir esconder as pontas soltas abduzidas da história, mas incomoda muito a naturalidade absurda com que a protagonista entra em contato com tantas novidades. Agora, quem busca entretenimento para sobreviver, vai se divertir com citações da vida real, como mostrar a origem dos famosos "sinais" deixados em plantações, ou da ficção, como os muitos seres bizarros que poderiam ter saído de um filme de Terry Gilliam, de um longa da série MIB: Homens de Preto ou do inesquecível bar de Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977). Assim, O Destino de Júpiter chega a orbitar a categoria de um título bom, mas feita a devida aproximação, o resultado após o pouso é apenas regular. Boa viagem e deixe seu comentário aqui no diário de bordo.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Roberto Cunha | 4 |
Edu Fernandes | 2 |
Chico Fireman | 1 |
Robledo Milani | 2 |
Francisco Carbone | 3 |
Thomas Boeira | 7 |
Yuri Correa | 8 |
MÉDIA | 3.9 |
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