Crítica
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Sinopse
Após dedicar anos de sua vida ao estudo de física quântica, relatividade e fenômenos atemporais, João decide, finalmente, botar seu ousado plano em prática: conseguir parar o tempo. Mas para realizar os experimentos que precisa, ele terá que embarcar em uma solitária viagem sem volta, que o isolará de sua família e amigos, trazendo graves consequências a seu estado mental.
Detalhes
Direção
Hilnando SM |
Roteiro
Hilnando SM |
Elenco
Camila Márdila |
Gabriel Pardal |
Paola Molinari |
Iuri Saraiva |
Pedro Lamin |
Produção
Hilnando SM |
Camilo Cavalcanti |
Viviane Mendonça |
Trilha Sonora
Gabriel Muzak |
Montagem
Marcus Curvelo |
Fotografia
Tiago Rios |
Figurino
Eduardo Barón |
O homem que parou o tempo é um filme sensível, e que não é pra todos. Aborda a história de um cara que claramente sofre de depressão e é rodeado por cobranças. Todos os dias deseja pisar na areia do mar e sentir as ondas, mas não tem forças para levantar da cama. Não se adapta mais a seu círculo social de outrora, onde encontra muita incompreensão. Todas as pessoas do círculo com quem tem contato o cobram por não estar bem, cobram sua presença e que volte a ser como antes, mas estão tão cegos pelo egoísmo que não enxergam o que há além e são incapazes de ajudar, e o único momento em que encontra uma compreensão mínima ela parte de uma desconhecida. Já está em um ponto em que deixa de dar atenção às necessidades básicas, como a higiene e alimentação, visto que só bebe água o filme todo. Porém há momentos em que ensaia uma recuperação, como quando aparece escovando os dentes. No final ele reúne forças e vai até a praia, com a qual sonhou várias vezes, o que parece ser um sinal de recuperação. Porém após os créditos, a corretora entra em seu apartamento abandonado e a cena mostra seu último bilhete, que nos leva a crer que provavelmente ele se suicidou naquela manhã. Verificando as notas péssimas aqui, percebe-se que poucos puderam captar a sensibilidade, e os sons repetitivos, como o toque do celular, no meu ponto de vista servem para representar o desconforto que o personagem sente. E as cenas paradas, uma metáfora sobre parar no tempo, que é o que acontece com uma pessoa depressiva em relação ao que a sociedade espera de todos, sem ter empatia para compreender. Eu me identifiquei bastante e me emocionei em algumas partes, pois lido com a depressão há anos e me vi em várias situações