Crítica
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Sinopse
Tom é o melhor amigo de Hannah. Quando ela viaja a negócios para a Escócia, ele percebe estar apaixonado por ela. Decidido a pedi-la em casamento, é surpreendido ao saber que ela voltou noiva de um belo e rico escocês.
Crítica
Se analisadas com cuidado, comédias românticas são, em geral, bem irritantes. As histórias são basicamente as mesmas desde que o cinema é cinema, há mais de cem anos. Do homem e a mulher que se odeiam e, após voltas e reviravoltas no roteiro, descobrem-se apaixonados; ao cara que leva um pé na bunda e descobre nas próprias origens (vulgo a cidade de nascença, no interior do interior do interior) a paixão pela garota mais bonita da cidade; garota que também pode ser o alvo da paixão de um adolescente nerd, louco para conquistar o coração da patricinha, que pode parecer ser fútil, mas no final de um longa rende-se ao mocoronga e descobre-se um amor de pessoa. Mais ou menos o que acontece em O Melhor Amigo da Noiva.
Em 1997, Julia Roberts foi uma das responsáveis pelo sucesso de O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997), uma comédia romântica que ganhou pontos comigo por ser realmente engraçada e não ter o final mais previsível do mundo. Praticamente fazendo um Ctrl C + Ctrl V na história, temos este O Melhor Amigo da Noiva. Na verdade, a diferença básica no longa é a troca de gêneros. Desta vez, um homem interpreta o papel do cara-que-se-descobre-apaixonado-pela-melhor-amiga-e-não-quer-que-ela-case. A bola da vez é Patrick Dempsey, atualmente o Dr. McDreammy do seriado Grey's Anatomy (2005-2018), mas conhecido nos anos 1980 pela também comédia romântica Namorada de Aluguel (1987).
Apesar de batido, o tema pode ser relevante: quantas casos do gênero não conhecemos na vida real? Não falando de lunáticos que chegam na hora H de um casamento para dizer: "Pare, eu te amo!", mas dos casais da nossa roda de amigos que formaram-se após anos de convivência. Várias baladas eletrônicas juntos, conversas nos bares fuleiros, confidências sobre os sentimentos mais íntimos ao pé do ouvido.
Sabe aquela história de "o amor pode estar ao seu lado"? É disso que falamos. Um amor que parece um pouco acomodado, com certeza. Afinal, pode ser mais fácil conquistar alguém que já se conhece de outros carnavais. Ledo engano. Transformar uma bela amizade num ótimo casamento não é algo nem um pouco simples. O medo das coisas não darem certo pode ser a pior coisa do mundo. No fim das contas, pode-se perder tanto o(a) amigo(a) quanto o(a) namorado(a).
Para quem sabe como é, e principalmente a quem sabe - ou soube - levar de forma séria um caso desses, O Melhor Amigo da Noiva poderia ser uma ode aos apaixonados. Só seria melhor se houvesse um pouco mais de realidade. De roteiro afiado. E de amor verdadeiro.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Matheus Bonez | 4 |
Thomas Boeira | 4 |
Francisco Carbone | 4 |
Edu Fernandes | 5 |
MÉDIA | 4.3 |
O filme é muito bom mesmo ,a única coisa que não entendi foi a cena em que tom chega na Escócia e comprimenta sua amiga Hanna com um beijo na boca, mas nesse período do filme exatamente"1:05:26"ela ainda era noiva do escocês.