O que Esperar Quando Você Está Esperando
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Kirk Jones
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What to Expect When You're Expecting
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2012
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EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Holly queria muito adotar um filho, mas seu marido Nate não se sente pronto para isso. Pressionado, acaba indo parar num grupo de novos pais. Dois jovens engravidam após a primeira noite juntos. Pais que não sabem como lidar com a vinda do primeiro filho. Um casal de celebridades que decidem se casar quando se descobrem grávidos. A mulher que encara a própria gravidez sem o menor contratempo, sempre contando com a ajuda do marido.
Crítica
O que esperar de O que esperar quando você está esperando? Não muito, certo? Afinal, trata-se da adaptação cinematográfica de um guia sobre gravidez humana. Ou seja, pegou-se um livro técnico, repleto de exemplos, escolheu-se alguns deles – supostamente os mais representativos – e tentou-se criar uma trama única que os colocassem unidos de uma forma ou outra. Digo tentou porque é justamente o que temos: uma tentativa. As tramas não funcionam, os personagens são rasos, as soluções para aproximá-los são fracas e óbvias, os atores estão mais desfilando do que tentando criar uma atmosfera crível e o diretor parece ter saído de férias e deixado cada um por conta própria. Difícil de acreditar que se trate do mesmo Kirk Jones do ótimo A Fortuna de Ned (1998), mas compreensível quando nos damos conta que estamos falando do homem que entregou entre estes dois títulos os mornos Nanny McPhee (2005) e Estão Todos Bem (2009).
A estrutura de O que esperar quando você está esperando é bastante simples: temos cinco diferentes exemplos de gravidez que servem para mostrar o que acontece a cada um destes casais quando a cegonha está prestes a chegar. São elas: o casal que não consegue engravidar e por isso recorre à adoção (Rodrigo Santoro e Jennifer Lopez); as celebridades que engravidam por descuido e decidem assumir um casamento às pressas (Cameron Diaz e Matthew Morrison); a expert em gravidez que sofre horrores com as mudanças inesperadas provocadas pela vinda do primeiro filho (Elizabeth Banks e Ben Falcone); a dupla que encara a novidade tranquilamente e sem o menor problema (Dennis Quaid e Brooklyn Decker); e os jovens que engravidam na primeira transa e não sabem muito bem como lidar com a novidade (Chace Crawford e Anna Kendrick). O que acontece a cada um é bastante simples e direto, sem muitos rodeios. Por fim, há ainda o grupo de pais liderados por Chris Rock que serve para alertar aos futuros papais como se prepararem para o que está por vir.
Seguindo mais ou menos o mesmo modelo de Ele não está tão afim de você (2009), que da também fazia uso de diferentes histórias para exemplificar as lições de um livro de auto-ajuda, O que esperar quando você está esperando se apoia muito mais nos clichês e nas piadas fáceis do que no que nas consequências reais destes episódios. Não conseguem engravidar? Vamos para a África comprar um bebê carente! Engravidaram por descuido? Sem stress, uma solução irá aparecer! Os pais discordam de tudo em relação aos cuidados do futuro filho? Tudo bem, o que importa é que se amam! Tudo dá errado com a grávida que estava preparada, ao mesmo tempo em que nenhum imprevisto acontece – nem mesmo dores de parto! – com aquela que foi pega de surpresa? Ao tratar a gravidez como uma roleta-russa, a impressão que se tem é que o que de fato importa é a risada inconsequente dentro da sala de cinema, ao contrário do livro em que a obra se baseia, que ao menos tentava ensinar algo que fosse útil.
A mais perfeita constatação da superficialidade deste filme está no elenco, formado com a intenção de representar uma diversidade independente da química entre os atores ou da verossimilhança de suas histórias. É sintomático constatar que a melhor dupla defenda o conto mais fraco, justamente o mais distante do tema inicial – afinal, Crawford e Kendrick são lindos e o romance dos dois convence, mesmo sem resultados práticos para a proposta do enredo. Dentre os demais, é difícil dizer quem funciona menos, se Morrison e Diaz, Santoro e Lopez ou Banks e Falcone! Nesse caos sem lógica, mesmo a diferença de 33 anos entre Quaid e Decker (Esposa de mentirinha, 2011) acaba importando menos e até fazendo sentido. Afinal, o que importa aqui não é o conteúdo, e sim a forma. E para isso basta Joe Manganiello correndo sem camisa, pois disso há bastante e deve entreter as mamães o suficiente para esquecerem o que, afinal, as levou até ali em primeiro lugar.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 4 |
Thomas Boeira | 4 |
Edu Fernandes | 5 |
Chico Fireman | 4 |
MÉDIA | 4.3 |
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