Crítica
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Sinopse
Depois de finalmente ganhar de novo sua liberdade, um criminoso decide mudar de vida. Ele aceita trabalhar para uma atriz de renome que há anos não pisa fora de sua mansão. No entanto, o ex-detento é chantageado por um poderoso bandido a trabalhar para ele.
Crítica
Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por Os Infiltrados (2006), William Monahan decidiu estrear como realizador adaptando a novela de Ken Bruen London Boulevard, que no Brasil ganhou o título insípido de O Último Guarda-Costas. O longa, que passou em brancas nuvens em todo o mundo e por aqui foi lançado diretamente em Blu-Ray e DVD, chama atenção quase que unicamente pelo seu elenco, encabeçado por Colin Farrell e Keira Knightley. Os dois, no entanto, pouco fazem em cena – principalmente ela, escolhida somente por sua beleza estética, ao invés dele, que até tenta exercitar alguns dotes dramáticos – abrindo espaço para uma participação pequena, mas de destaque, de Ray Winstone (de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, 2008), que acaba roubando todas as atenções cada vez que aparece.
Mitchel (Farrell) é um bandido de segunda categoria que acaba de cumprir pena por um assalto malsucedido. Ele foi o único preso e não delatou os demais colegas, que estão temerosos pelo que ele possa querer em troca agora que está livre. Quem tenta controlá-lo é o fraco Billy (Ben Chaplin, de O Retrato de Dorian Gray, 2009), à mando do chefão Gant (Winstone), que está interessado no rapaz que voltou às ruas em mais de uma maneira. Mas o que Mitchel quer de fato é paz e tranquilidade, cuidar da irmã inconsequente (Anna Friel, de Sem Limites, 2011) e garantir um bom desempenho no novo emprego como segurança pessoal da estrela de Hollywood Charlotte (Knightley). A pressão do trabalho – sempre cercado por paparazzis – os antigos contatos e os problemas criados em família, entretanto, irão levá-lo à atitudes e caminhos talvez sem volta.
O pilar de sustentação de O Último Guarda-Costas é mesmo o seu trio de protagonistas. Keira está mais uma vez frágil e distante, a ponto de ser difícil de acreditar que se trata de uma grande celebridade internacional. A visão pelos bastidores da fama que o filme oferece é simplista e apoiada em clichês, enfraquecendo o todo. Já com Winstone e Farrell a situação é outra. O primeiro transpira perigo, numa composição divertida e assustadora. Mesmo o viés homossexual de seu personagem é abordado de forma tão precisa e tangencial que passará desapercebida para os menos antenados.
Por fim, temos um ator indeciso entre ser um astro ou um intérprete de respeito. Colin realizou este filme antes dos remakes de A Hora do Espanto (2011) e O Vingador do Futuro (2012), duas produções que renderam muito menos do que o esperado, mostrando que ele se sai melhor em projetos menores e menos ambiciosos, como o recente Sete Psicopatas e um Shih Tzu (2012) ou o premiado Na Mira do Chefe (2008), pelo qual ganhou o Globo de Ouro. Dentro deste contexto, o ator só não alcança notas mais altas pelas limitações impostas pelo roteiro raso e pelas mãos pouco experientes do realizador, que deixa passar oportunidades paralelas ao se concentrar no óbvio relacionamento amoroso entre patroa e segurança e no tradicional acerto de contas com o passado.
Ponto baixo na carreira de todos os envolvidos, O Último Guarda-Costas arrecadou menos de US$ 5 milhões nas bilheterias de todo o mundo, e deverá ser lembrado apenas pelos fãs mais fervorosos dos atores envolvidos. Nítida produção independente inglesa que tenta fazer graça com um humor ácido ao mesmo tempo em que abusa da violência gráfica, é um filme que serve apenas como curiosidade e passatempo ligeiro, sem maiores consequências.
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Filme horrível, sem texto ou contexto. Nada se encaixa com nada!! Um final ridículo e decepcionante. Eu não posso acreditar que cheguei a assisti-lo inteiro.