Crítica
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Sinopse
Um grupo de mercenários norte-americanos chega a um país da América do Sul com a missão de pôr fim ao governo de um sanguinário ditador.
Crítica
Nos anos 1980 e 1990, os filmes de ação que passavam na televisão eram sempre entretenimento garantido. Astros como Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Sylvester Stallone e Jean-Claude Van Damme fizeram diversas produções no melhor estilo casca-grossa que ficaram na memória de muita gente da minha idade. E, claro, um dos grandes desejos de qualquer garoto fã de filmes de ação era conferir uma aventura com toda aquela galera reunida. Muitos anos se passaram, aqueles atores joviais e porradas estão na descendente há tempos. Quer melhor momento para unir forças e chutar traseiros? Está certo que Os Mercenários, filme dirigido por Stallone, não consegue trazer todos os astros de ação em uma só produção. Mas tenta. E consegue fazer um espetáculo divertido para os fãs daquelas sessões oitentistas com muitos tiros, sangue, explosões, e a boa e velha violência estilizada de Hollywood.
No roteiro, assinado por Stallone e Dave Callahan, um grupo de mercenários é contratado pelo enigmático Mr. Church (Bruce Willis) para invadir um país da América Latina e tirar do poder um perigoso ditador (David Zayas). Os amigos Barney Ross (Stallone) e Lee Christmas (Jason Statham) decidem conhecer o local antes de entrar em ação e acabam encontrando uma jovem garota, Sandra (Giselle Itié), como seu contato. Ross se enternece pela situação da moça e decide enfrentar os perigos do país sozinho. Mas seus colegas mercenários não o deixarão a sós nesta jogada. Além dos citados acima, o elenco conta com diversos astros de ação como Jet Li, Dolph Lundgren, Eric Roberts, Randy Couture, Steve Austin, Terry Crews, Mickey Rourke e uma pequena, mas eficaz, participação de Arnold Schwarzenegger.
Por incrível que pareça, mesmo com um grande número de nomes no elenco, cada um consegue tempo para mostrar a que veio. Claro que os principais (Stallone e Statham) ganham mais coisas a fazer e até histórias paralelas. Mas o resto da turma tem chances de brilhar em pequenas partes, cada um usando o que sabe fazer de melhor. Portanto, Jet Li aparece com suas lutas coreografadas; Steve Austin e Randy Couture, como bons lutadores profissionais, aparecem brigando aos socos; Mickey Rourke tem a chance de ser esquisito e dramático; e Terry Crews consegue explodir alguns vilões com uma arma de destruição barulhenta e devastadora. Um dos destaques, no entanto, é o brutamontes Dolph Lundgren, que ganha um personagem um pouco mais interessante que o resto. Sempre que chamado para a ação, o eterno Ivan Drago de Rocky IV (1984) se mostra à altura. E se o encontro entre Stallone, Schwarzenegger e Bruce Willis dura menos que uma bala de menta, ao menos é divertido o suficiente para colocar um sorriso na cara de diversos fãs ao redor do mundo.
O roteiro é cheio de clichês do gênero, mas tenta, ao menos, dar uma veia política à história, mostrando o poder dos Estados Unidos dentro de países da América do Sul. Utilizando um país fictício para contar sua história, Stallone faz uma crítica aos ditadores latinos e ao poder que alguns órgãos do governo norte-americano têm dentro destas nações. A mensagem nem sempre consegue chegar ao espectador, é verdade, visto que a real razão de estarem sentados no cinema é para assistir o eterno Rambo matar alguns vilões.
E é isso que eles recebem. Sylvester Stallone prova queainda consegue estrelar uma produção cheia de testosterona e convidou um ótimo parceiro para dividir a tela: Jason Statham. O britânico já mostrara que tem talento para ser o sucessor dos antigos astros da porrada em filmes como a saga Carga Explosiva. Em Os Mercenários, Statham é mortal com uma arma, mas ainda mais perigoso utilizando sua habilidade com as facas. E, sinal dos tempos, é um sujeito de coração mole, já que sofre com o fato de sua namorada (Charisma Carpenter) tê-lo trocado por outro. Brutos também amam, afinal de contas.
A ação de Os Mercenários é old school e funciona tal e qual os saudosos filmes da década de 1980 estrelados pelos então grandes astros de Hollywood. Para quem era fã, tem-se aqui um prato cheio. Para quem nunca gostou do gênero, é melhor passar bem longe. Até porque o barulho é tão alto que, a poucos metros do filme, é possível ouvir as explosões e tiros dos mercenários capitaneados por Sylvester Stallone.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Rodrigo de Oliveira | 8 |
Robledo Milani | 6 |
Chico Fireman | 6 |
Francisco Carbone | 7 |
Edu Fernandes | 7 |
Thomas Boeira | 5 |
MÉDIA | 6.5 |
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