Crítica
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Sinopse
Pai viúvo de um menino doce e tímido, Fernando passa as noites lembrando a sua falecida esposa, enquanto durante o dia tenta lidar com sua relação com o filho. Até que um dia encontra uma fita VHS que vai mudar a forma como enxergava a mãe do garoto.
Detalhes
Direção
Roteiro
Elenco
Fernando Alves Pinto |
Mayana Neiva |
Lourinelson Vladimir |
Giuly Biancato |
Michelle Pucci |
Vinicius Sabbag |
Produção
Estúdio
Grafo Audiovisual |
Direção de Arte
Monica Palazzo |
Montagem
João Menna Barreto |
Fotografia
Pablo Baião |
Espaço Itau de Cinema Shopping Crystal 05th abr 2016 21h00 “Para minha amada morta”, 2015 de Aly Muritiba Certa vez perguntaram para Billy Wilder, um dos maiores roteiristas e diretores da história do cinema mundial como é que se fazia para saber se um filme era bom ou não. Cruel e objetivo como só ele em poucas palavras: “- Roteiro bom é aquele que a pipoca fica encalhada!” Logo na estreia do cineasta radicado em Curitiba Aly Muritiba em longas, vemos que ele recebeu todas as bênçãos dos deuses do cinema com uma trama digna de um Wilder: se fosse um gol seria daqueles que todos concordariam “Um golaço digno de um Pelé!” Uma palavra apenas? Tensão! Dores como perda e traição tão juntas, a pergunta “Como sairíamos desta sinuca?” O jovem viúvo é um policial civil então acostumado com a morte, até que ela decide bater à sua porta levando sua amada esposa. Tendo que cuidar de seu menino e sua dor pessoal, a trama se desenvolve em meio ao luto que todo ser humano tem direito. Mas ao buscar recordações em álbuns e imagens ele se depara com uma fita VHS carregada de vídeos pornográficos de nível baixo. Tudo seria normal se não fôssemos todos pegos de surpresa, o personagem viúvo e nós na quarta parede: os protagonistas da fita de sacanagem eram um canastrão e sua querida e saudosa esposa! Depois desta rasteira e do susto, ligamos as peças de modo autônomo e pensamos “Policial, traição, execução.” Mas calma, nosso diretor roteirista nos reserva muito mais surpresas, que tenho até um pouco de receio de “spoillers”, então prefiro guardar segredos, mas adianto apenas que o ofendido tem a frieza digna de um Dr. Hanibal Lecter e vai morar na mesma casa do “Dom Juan” da periferia, travestido de membro da Igreja que este frequenta com sua família. Conselho, não fique tentado às soluções obvias de senso comum da Idade do Bronze, com o ofensor da sua honra nosso herói viúvo guarda algo bem pior! Como falei, minha pipoca ficou no pacote mesmo mas minha memória fervilhando de novas ideias nas lembranças deste aspirante a roteirista, quem sabe?! Como é bom bebermos em fontes nobres! Ricardo Klass