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Crítica


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Sinopse

Jean-Baptiste Grenouille é um aprendiz de perfumista na França do século 18. Ela cultiva a obsessão de extrair e preservar o aroma mais sublime de todos: o da feminilidade.

Crítica

Tenho um amigo que considera o livro O Perfume, de Patrick Süskind, um dos melhores que já leu em toda a sua vida. Eu, por outro lado, nunca tinha ouvido falar. Mas, com um pouco de pesquisa, descobri que a tal história do rapaz que nasceu na França em plena Idade Média e que possui o extraordinário dom de sentir TODOS os odores do mundo, apesar dele próprio não possuir cheiro algum, é mesmo bem badalada.

Tanto que agora chega às telas em formado de filme. Cineastas como Steven Spielberg, Stanley Kubrick, Tim Burton e Ridley Scott desistiram de adaptar o romance por considerá-lo infilmável, e a tarefa coube ao alemão Tom Tykwer, de Corra, Lola, Corra (1998). E o que ele entrega agora é um filme que demora para engrenar, mas tem muitos bons méritos, além de um final impressionante - apesar de ser acusado de ser literário demais por aqueles que leram o livro.

Com um elenco internacional, que traz nomes como Dustin Hoffman, Alan Rickman e Rachel Hurd-Wood, o papel de protagonista ficou com o semidesconhecido Ben Whishaw. Todos estão muito bem, se nenhum destaque, entretanto.

Produção mais cara da história do cinema alemão - custou cerca de 50 milhões de euros - Perfume: A História de um Assassino deve fazer a festa dos fãs do livro, apesar de não decepcionar o espectador casual. Como mero curioso, eu cheguei a cansar com a longa duração - 2h30 - mas me surpreendi com algumas boas soluções visuais. Outros pontos, entretanto, não são muito bem explicados - o porquê dos assassinatos, por exemplo - mas nada a ponto de comprometer o resultado final. Perfume não chega a ser imperdível, mas garante bons momentos de diversão.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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