Crítica
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Sinopse
Designado para proteger uma socialite que testemunhou um assassinato, um detetive vai se envolvendo com quem não deve. Ao mesmo tempo em que precisa antever os passos do homicida, tem de lidar com o ciúme de sua esposa.
Crítica
Não é por nada que Perigo na Noite é um filme esquecido da filmografia de Ridley Scott. Depois de obras-primas como Alien: O Oitavo Passageiro (1979) e Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982), o diretor inglês entrou em uma onda de produções medíocres que só passou com Thelma & Louise (1991). Perigo na Noite é desta leva de filmes esquecíveis realizados pelo diretor nos anos 80.
A história é repleta de clichês que, de uma maneira muito pitoresca, talvez pudessem funcionar com a plateia daquela década. Mulher da alta sociedade (Mimi Rogers) testemunha o assassinato de um grande amigo e o recém-nomeado detetive Mike (Tom Berenger) fica responsável por proteger a testemunha. Nisso, claro, o casal de protagonistas começa a se apaixonar, iniciando um tórrido romance. Detalhe: o detetive tem família, a garota é comprometida e o assassino está correndo atrás de ambos.
Ridley Scott vai bebendo das fontes de Alfred Hitchcock e Brian De Palma para criar uma atmosfera de thriller psicológico e muito suspense, porém os personagens são tão superficiais, a trilha sonora tão exagerada que tudo soa forçado. No final das contas, Scott parece genérico. Sua direção é praticamente nula, sem presença, em modo automático e o filme parece ser somente um veículo para Mimi Rogers iniciar sua carreira nas telonas.
É claro que assistindo à produção mais de 25 anos depois de seu lançamento tudo pode parecer datado e ultrapassado. Porém, diversas outras produções do mesmo estilo permanecem intocáveis e são memoráveis, como: Atração Fatal (1987), Um Tiro na Noite (1981) e tantos outros que investem no suspense e nas relações entre mocinha, bandido e policial. O que sobra de identidade, inspiração e visão de Ridley Scott em tantas de suas outras produções, em Perigo da Noite falta. Acabam restando clichês e muita previsibilidade.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Renato Cabral | 4 |
Ailton Monteiro | 7 |
Chico Fireman | 6 |
MÉDIA | 5.7 |
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