Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
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Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides
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2011
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EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
O capitão Jack Sparrow vai até Londres para resgatar Gibbs, integrante de sua tripulação no Pérola Negra. Lá ele descobre que alguém está usando seu nome para conseguir marujos em uma viagem rumo à Fonte da Juventude. Sparrow investiga e logo percebe que Angelica, um antigo caso que balançou seu coração, é a responsável pela farsa. Ela é filha do lendário pirata Barba Negra, que está com os dias contados. Desta forma, Angelica quer encontrar a Fonte da Juventude para que seu pai tenha mais alguns anos de vida. No encalço deles está o capitão Barbossa, que agora trabalha para o império britânico.
Crítica
Quatro anos após o terceiro episódio, o capitão Jack Sparrow de Johnny Depp está de volta às telas em Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, filme que tem como maior mérito dar ao popular personagem o lugar que ele devidamente merece: o de protagonista! Depois de três filmes em que teve que dividir a cena com o insosso casal romântico interpretado por Orlando Bloom e Keira Knightley, Depp finalmente conseguiu se ver livre dos dois para dominar plenamente a cena, numa trama que nada mais é do que uma desculpa para o desfilar de sua criação, agradando mais uma vez os fãs e atendendo com louvor o anseio dos produtores, que viram as bilheterias ficarem congestionadas nos primeiros dias de estreia. Bem de acordo com o esperado.
E assim também é o longa Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas: mais do mesmo, exatamente como todo mundo aguardava. Depp continua carismático, Sparrow continua divertidíssimo e os cenários são mais uma vez deslumbrantes, embalados por uma série de acontecimentos que, se não fazem muito sentido, ao menos também não se perdem em detalhes menores e nem atrapalham a concentração do público. Muito ao contrário da aventura anterior (Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, 2007), que era longa, cansativa e – maior dos pecados – sem graça. Agora, sem tantas distrações, o filme diz diretamente a que veio, sem rodeios, e entrega o que lhe é pedido sem demora. Ou seja, como um bom e competente fast food. E se você vai atrás de um desses, sabe muito bem o que irá encontrar.
Dessa vez Sparrow é levado a procurar a mítica Fonte da Juventude pelos braços e encantos de uma antiga paixão, a misteriosa Angélica (Penélope Cruz, a única e verdadeira boa notícia de todo o projeto). No caminho dos dois estará não somente um novo vilão, o temido Barba Negra (Ian McShane, da série American Gods, 2017), como também contaremos com a volta de uma antiga ameaça, Barbossa (Geoffrey Rush). Isso sem falar na guarda espanhola, que também está na busca pela água milagrosa. Nesse meio tempo, vemos Sparrow reencontrando o pai (o Rolling Stone Keith Richards, em mais uma pequena e saborosa participação especial), se divertindo em assustar damas da sociedade (numa ponta surpreendente da oscarizada Judi Dench), enfrentando inimigos em habilidosos golpes de espada, provocando motins à bordo, fugindo dos ingleses e enfrentando até mesmo sereias, numa nova adição fantástica que, no final das contas, pouco importa.
Aliás, essa parte das sereias deveria abrir caminho para uma nova dupla romântica jovem, em substituição da antiga, numa promessa que acaba não se cumprindo. Ao invés de Bloom e Knightley, temos agora os belos, porém inexpressivos, Sam Claflin e Astrid Berges-Frisbey. Ele é um padre e ela uma sereia, que caem nas garras dos piratas sedentos por fortunas. Sem muito o que contribuírem, os novatos terminam por ser não mais do que uma nota de rodapé em toda a aventura, e serão poucos os espectadores que irão se importar com o destino dos dois. Até porque o show é todo de Depp, que no máximo abre espaço para algumas cenas inspiradas de Penélope – não saia da sala até o final dos créditos, pois o final dela é espetacular!
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas não foi dirigido por Gore Verbinski, realizador dos três primeiros filmes. Como este preferiu fazer a animação Rango, acabou liberando a vaga para Rob Marshall, responsável pelo oscarizado Chicago (2002). A escolha, à primeira vista, soa um pouco estranha, mas o cineasta cumpre bem seu papel, sem surpreender nem atrapalhar. Foi uma escolha burocrática, e como ele parece ter entendido isso muito bem, foi competente no que lhe cabia, sem vôos mais elaborados. E se pensarmos que o filme faturou quase US$ 400 milhões em todo o mundo só no primeiro final de semana em cartaz, a avaliação parece ser correta. Preparem-se, pois ainda teremos muitos outros Piratas do Caribe pela frente...
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Robledo Milani | 5 |
Yuri Correa | 5 |
Rodrigo de Oliveira | 5 |
Thomas Boeira | 4 |
Roberto Cunha | 6 |
MÉDIA | 5 |
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