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Sinopse
Crítica
Ao longo de meros dois minutos, o curta-metragem Pixels divertia pela abordagem que dava a personagens de videogames, trazendo figuras como Donkey Kong, Pac Man e Arkanoids destruindo nosso mundo ao fazerem aquilo que sempre fizeram em seus respectivos jogos. Era uma produção que apelava para a relação que o público tem com os elementos de sua narrativa, sendo até nostálgica nesse ponto. O mesmo pode ser dito agora sobre sua versão em longa-metragem, que se vê tendo que desenvolver uma história enquanto expande seu conceito original. Contando com um diretor irregular como Chris Columbus e caras como Adam Sandler e Kevin James nos papeis principais, Pixels resulta em uma produção nada memorável, mas que ainda consegue ser um entretenimento suportável em sua versão “gamemaníaca” de Independence Day (1996).
O roteiro de Tim Herlihy e Timothy Dowling basicamente mostra que alienígenas tomaram conhecimento de jogos clássicos da década de 1980, concluindo que eles representam uma declaração de guerra, o que é até compreensível considerando a existência de Space Invaders. É então que decidem responder aos humanos na mesma moeda, usando os jogos como modelos para as batalhas que armam na Terra. Isso faz o presidente americano, Will Cooper (Kevin James), pedir a ajuda de seu melhor amigo, Sam Brenner (Adam Sandler), um craque dos games que forma uma equipe especial junto de Ludlow Lamonsoff (Josh Gad) e o rival Eddie Plant (Peter Dinklage), com todos tendo que usar suas habilidades como jogadores para salvar o mundo.
Pixels tem sorte de ter em mãos uma ideia divertida e que Chris Columbus consegue fazer funcionar na tela. Apesar de ser um diretor limitado (algo possível de apontar até nos dois filmes que ele comandou na série Harry Potter), aqui Columbus é hábil ao conduzir as sequências de batalha com os games de maneira que elas mantenham o público sempre entretido. Isso se deve até pela forma como as figuras virtuais interagem com o mundo real, sendo que Sam e o resto da equipe enfrentam os desafios dos jogos quase do mesmo jeito como estes são originalmente, possibilitando que a identificação do público com a ação ocorra com certa facilidade. Vale destacar ainda o trabalho da equipe de efeitos visuais, que concebe Pac Man, Q*bert, Donkey Kong e outros personagens de games convincentemente em seu formato 8-bit gigante.
No entanto, é inegável que o filme enfraquece sempre que precisa se afastar desses pontos para desenvolver a história e os personagens. É então que ele se revela bobo demais, com o roteiro se apoiando em clichês desinteressantes, como o romance entre Sam e a tenente Violet Van Patten (Michelle Monaghan), além de não escapar da obviedade. Quando é estabelecido que um jogo é particularmente difícil, não é surpresa alguma que ele mesmo venha a ser o maior desafio dos personagens, sendo que alguns deles ainda ganham uma atenção superficial (a subtrama do casamento conturbado de Will, por exemplo, não vai a lugar nenhum). Com problemas como esses, Pixels encontra sérios problemas de ritmo, conseguindo divertir com uma cena de ação, mas levando o público quase ao sono profundo logo depois, como na festa que ocorre em determinado momento.
Pixels não chega a mostrar desespero para divertir o público, buscando usar sua proposta para entreter com naturalidade. Em parte até consegue, mas é uma pena que a boa ideia central funcione a favor de um longa pouco inspirado, diferente de produções mais inventivas e que seguem praticamente a mesma linha, como o recente Detona Ralph (2012). No fim, o que se vê aqui não deixa de ser uma oportunidade desperdiçada.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Thomas Boeira | 5 |
Chico Fireman | 1 |
MÉDIA | 3 |
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