Crítica
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8.2
Sinopse
Depois de oito anos mergulhando em meio a uma floresta subaquática gelada na África, Craig reuniu as filmagens de suas incursões submarinas, especialmente as de um jovem polvo, com quem desenvolve certa familiaridade.
Detalhes
Direção
Pippa Ehrlich |
James Reed |
Roteiro
Pippa Ehrlich |
James Reed |
Depoimentos / Imagens de Arquivo
Craig Foster |
Produção
Pippa Ehrlich |
James Reed |
Distribuição
Netflix |
Fotografia
James Reed |
Montagem
Pete Zurg |
Adorei um simples material que vi no fantástico no domingo. Vou procurar assistir na tv.... professor polvo 🐙🐙🐙
Ao contrário do que diz a crítica, vi no filme um homem sensível, aprendendo com o universo encantador e cheio de ensinamentos que é a natureza. O que ele aprendeu? No mínimo, a valorizar as pequenas coisas da vida, a ter mais capacidade de recuperação frente a um sentimento devastador que é a incapacitação que traz a depressão que vivia naquele momento. A proporcionar ao seu filho enxergar a beleza da vida natural e seus ensinamentos preciosos! Quem assiste não se preocupa com os detalhes da forma, filtros, etc, mas com a sensibilização que a situação traz. Lindíssimo!
Esse Bruno Carmelo com certeza te da nunca mergulhou e viu o fundo do mar, assim como não gosta de animais e a natureza. Pobre alma.
O filme é espetacular e atingiu seu objetivo. Lembrei um pouco da Marcha dos Pinguins e de Balé Vermelho: O Mistério dos Flamingos. Essa crítica só demonstra o quanto o ser humano pode ser rude e insensível. Eu acabei me espelhando com o mergulhador pois adotei 6 gatos, sendo o primeiro um marco na minha vida. Desenvolvemos uma relação muito forte de afeto. Gatos também são animais apaixonantes e possuem peculiaridades a serem descobertas.
Bruno Carmelo, apenas se entregue a beleza de um filme que apresenta uma relação improvável a nós, simples mortais. Neste momento em que todos nós estamos vivendo essa pandemia, esse filme, alem de lindoooo, é um respiro pra alma e para o coração. Uma meditação.
Bruno, após ler sua crítica entendi a classificacao de uma estrela. Aí vim procurar seu currículo, que é incrível. E depois tentei entender como voce conseguiu simplificar tanto e encher de defeitos um filme tao sensível e com imagens de tirar o fôlego. Realmente, nao entendi. Deve ser porque voce é triste, só isso. Ainda bem que existem outros olhares e outros conhecimentos.
A crítica deste filme variará muito em relação a visão que os críticos tem dos animais; neste caso a crítica é sincera ao deixar claro sua posição. Quando o instituto Royal em São Roque foi invadido para libertação das cobaias caninas lá presentes as análises feitas eram ora de "crime e roubo" ora de "Compaixão e luta pela vida". Pierre Clastres fugiu do epicentrismo da análise da sociedade ao olhar para uma da qual ele não fazia parte, para não ser tendencioso, no seu livro "A sociedade contra o estado", mas é tão difícil, como esta crítica mostra.
Que critica rasa , é evidente que ele transferiu coisas pessoais dele pra relação com o bicho e é isso que faz o filme e não só um documentário técnico científico, quando as questões técnicas você deve ter razão, mas visão bem simplista essa
Com todo respeito ao nobre crítico, tenho que discordar de grande parte do que escreve. O objetivo do filme, pelo que entendi com minha visão amadora, é mostrar o dia a dia do cineasta com o "polvo", ninguém mais e o que podemos aprender de seres instintivamente inteligentes. E isso o filme faz com maestria. Aqui não importam os aspectos técnicos para embelezar o que já é belo. Não importa se foram utilizadas inúmeras câmeras, com lentes poderosas, com pós produção, com uma bela trilha sonora de acordo com o momento, etc. Isso não tem a menor importância. O importante é mostrar, da forma mais esmerada e cuidadosa possível, aquilo que a maioria de nós, humanos, nunca vamos poder ver. Achei o documentário uma experiência única e qualquer pessoa que já teve ou tem um animal de estimação, como gato, cão, pássaros ou simplesmente peixes pode entender, afinal não é difícil para esses imaginar que os sentimentos do cineasta em relação ao polvo eram reais. Mas essa é só minha opinião. Curioso é que o crítico só respondeu ao comentário de um leitor que não entendeu o texto.
Achei ótima sua crítica. Gostei do filme mas concordo com vários pontos que você abordou. A aparente solidão do mergulhador nos é transmitida por uma quantidade enorme de ângulos e câmeras. As imagens da caça, supostamente em tempo real, mas com inúmeras tomadas diferentes dão a impressão de que uma boa montagem de cenas esparsas construiu a história. Me incomodou tanto artificialismo.
Putz! Nunca li uma crítica tão ácida para um filme tão incrível quanto esse. Parece que o senhor crítico se aborreceu intensamente com a amizade incrível desenvolvida entre o mergulhador e o polvo. Um pouco mais de sensibilidade por favor!
Bruno, li sua critica e nao pude deixar de achar graça. Interessante que senti grande parte do que voce colocou em seus comentarios. Achei o ator e narrador muito sem expressao, nao me emocionou. Enttetanto, tive uma conexao muito grande com o filme, o que me emocionou muito. Acredito que foram coisas que me tocaram por algum eco que possa tr escutado internamente. De qualquer forma, achei o filme magico por este motivo. Parabens pela sua analise
Anderson, o texto não sugere nada disso. Abraço!
É um pensamento bem mesquinho esse de que devemos valorizar os demais seres vivos pelos benefícios que podem trazer a nós.
Que crítica contundente, porém fraca. Uma coisa é você criticar a produção, outra o conteúdo - discordando das criticas negativas a respeito das câmeras lentas ou time-lapses e "filtros de saturação". Provavelmente você nunca mergulhou para saber que embaixo d'água a nossa percepção sobre as cores mudam tanto. Corrigir estes efeitos não é levar-nos para longe da natureza. Mas sim, aproxima-la. O mesmo vale com as câmeras lentas ou time-lapses. Perante nosso limitado olhar, muitas "sutilezas" não podem ser notadas. E aqui é onde provavelmente mora o "problema" colocado em questão que, ao meu ver, se reduz apenas à sua falta de sensibilidade perante tais fatos. Estende-se a isso a falta de sensibilidade do seu comentário com as emoções de Craig, principalmente quando "traduz" como "perturbador". O que há de perturbador em entender que outros seres fazem parte de algo muito maior com o qual estamos conectados? O que há de perturbador em assumir e reconhecer a paixão que ele teve por aquele ser? (lembrando, não controlamos nossos sentimentos, no máximo, conduzimos). Acredito profundamente que essa crítica está travestida numa máscara criada por seus títulos e experiências profissionais, desconexa com o Bruno real que deve existir em algum lugar embaixo dessa casca. Não consigo crer que uma pessoa verdadeiramente humana possa observar essa incrível obra com tamanha "racionalidade" sem mencionar em nenhum momento a profundidade das mensagens transmitidas. De qualquer forma, parabéns pela dedicação em transcrever sua opinião. Numa próxima, se abra mais ao que a obra se propõe.
Para mim, um filme necessário em meio a tanta barbárie que presenciamos a todo instante. Necessário porque precisamos ver e ser o lado oposto de tudo isso, senão fica insuportável a existência. O filme nos mostra a possibilidade de conexão humano/natureza, um aprendendo com o outo, deixando as defesas e ataques de lado , observando o que temos de parecido e normalmente perdemos tempo demais com as diferenças.
Não sou especialista em produção visual ou de cinema, sim mera espectadora. Quero fazer um contraponto entre sua percepção como técnico e minha visão simples a respeito desse documentário. Ele mostra o cotidiano de um homem, frustrado com a vida, que começa a mergulhar no local onde passou boa parte da infância com intúito de se reconectar com ele mesmo (Cabo da Boa Esperança África do Sul). Nesses mergulhos, ele encontrou um jovem polvo que lhe despertou muita curiosidade e interesse. Isso tomou conta de seus dias... passou praticamente 1 ano, diariamente, mergulhando para acompanhar a vida de um simples polvo que tem a expectativa de vida de 1 ano. Eu comecei a fazer um paralelo entre o amor impossível que se tornou real, assim como quando penso num ser superior como Deus ter amor por meros mortais como nós. Foi exatamente pra essa reflexão que essa produção me levou. Sendo essa narrativa verdadeira ou não, ela transmitiu muita sensibilidade e amor. O produtor conseguiu transferir um sentimento puro, inocente e infantil que me deixou emocionada. Super recomendo esse documentário lindo.