Crítica
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8.8
Não vi o filme (quero vê-lo), mas li essa resenha e a julguei tola (para dizer o mínimo) porque ela parece exigir que o filme que comenta aponte "soluções" para os problemas sociais graves que retrata. Mais, o autor do texto ousa revelar seu lugar social de fala (de classe média, of course) quando diz que o filme "... segue em um crescente que afasta a possibilidade de entendimento e diálogo, como se a agressão e o descontrole fossem os únicos caminhos possíveis (para a solução dos conflitos de classes no Brasil). Beirando o sadismo em muitas das opções elaboradas, tem-se um filme indeciso em apenas retratar o estado doentio de uma sociedade ou desempenhar seu papel como agente transformador, algo ao qual a arte deveria almejar como ambição maior". Desde quando um filme precisa "apontar soluções"? Percebe-se que o resenhista tem medo de um possível conflito aberto entre a elite e as classes desfavorecidas do país e acha que "entendimento e diálogo" resolverão as diferenças econômicas e sociais entre privilegiados e desfavorecidos. Santa ingenuidade, Batman?