Crítica
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Sinopse
Brendan Huff tem 39 anos, não possui emprego e vive com sua mãe, Nancy. Dale Doback tem 40 anos, também está desempregado e vive com seu pai, Robert. Numa palestra Robert e Nancy se conhecem e, logo em seguida, decidem se casar. Isto faz com que todos passem a viver na mesma casa. Brendan e Dale se estranham assim que se conhecem, mas aos poucos a animosidade entre eles diminui.
Crítica
Quase Irmãos é mais um dos tantos filmes que resultaram da colaboração entre o diretor Adam McKay, o ator Will Ferrell, e, sim, o produtor Judd Apatow. Já tendo usado dos mais diversos cenários pra pano da história (estações de tv, corridas, anos 70), dessa vez decidiram voltar pra casa. Literalmente. Ao invés de fazerem um filme falando sobre adultos que às vezes agem como crianças fracassadas, inovaram e fizeram um em que os adultos aceitam e tem orgulho de que ainda são assim, fracassos ambulantes. Depois de terem feito alguns filmes separados (como Os Aloprados, 2008, e A Vida é Dura: A História de Dewey Cox, 2007), e não tendo a mesma receptividade do público, Will Ferrell e John C. Reilly voltaram a atuar juntos nessa comédia que rendeu mais de US$ 100 milhões só nos Estados Unidos.
É gostoso perceber que a química entre os dois continua intacta. O filme, por sua vez, conta com um elenco coadjuvante maravilhoso, que oferece o suporte necessário para que Ferrell e Reilly construam um mundo onde eles reinam soberanos. O longa é uma celebração à liberdade de expressão. De exposição de partes "privadas" ao excessivo uso de palavrões, tudo é possível em Quase Irmãos.
Quase Irmãos conta a história de um casal da meia idade que se apaixona perdidamente e que no meio de tantas afinidades descobrem que possuem ainda mais em comum: ambos têm filhos nos altos dos seus 40 anos, morando em casa. Brennan Huff (Ferrell) é na verdade bastante consciente no que diz respeito a sua situação. Tudo porque seu irmão mais novo, Derek (Adam Scott), nunca o deixa esquecer tal fato. Derek tem a vida perfeita. O emprego perfeito, a família perfeita. Tudo perfeitamente insuportável. Já Dale Doback (Reilly) não tem ninguém que o acorde pra vida, e acredita que, junto com o seu pai, ele é o cara que tirou a sorte grande.
Tudo vai por água abaixo quando seu pai casa pela segunda vez e ele se depara com a realidade de que terá que dividir o teto com a mãe postiça e seu quase irmão. Os dois se odeiam. E não encontram motivos para não expressarem tal sentimento. Ofensas, brigas, tudo em nome da raiva. Mas esse ódio, como diz o clichê, é o sentimento mais próximo do amor, e aos poucos eles vão descobrindo que possuem muito mais razões para se amarem do que o contrario. Tudo feito com muita breguice e imaturidade, é óbvio.
Assisti ao filme duas vezes. E consegui rir de doer a barriga nas duas. Claro que ele não se sustenta por duas horas. Algumas partes pecam pelo excesso, muitas vezes pelo tom ofensivo ou até pelo lugar comum em que eles sempre insistem em nos levar. Mas quando acerta (e isso acontece várias vezes), é muito bem sucedido. A atuação dos atores é impecável, e mesmo pra quem já está cansado de ver Will Ferrell ele é capaz de recuperar um pouco de sua credibilidade, e mostrar o porquê dele ser um dos poucos atores que conseguiu uma carreira sóida, mesmo depois de sua saída do Saturday Night Live. No fim das contas, Quase Irmãos funciona. É engraçado, porém sem grandes expectativas. Apenas a de nos fazer rir. E isso ele consegue.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Ale Simas | 7 |
Alysson Oliveira | 7 |
MÉDIA | 7 |
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