Crítica
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Sinopse
Quando Lola termina o namoro com Arthur, encontra consolo junto a Maël, um dos seus melhores amigos. Superprotetora, a mãe dela tenta se aproximar da filha, até o dia em que encontra por acaso o diário da garota.
Crítica
O universo jovem costuma render bons filmes, principalmente quando o assunto é tratado com um distanciamento crítico e maduro. Nem sempre é o caso, mas volta e meia aparecem obras como esse Rindo à Toa – título que só pode ser entendido dentro do contexto de que, nessa fase da vida, nada pode ser levado muito à sério e que o melhor mesmo é se divertir. O que é válido aqui é o velho dizer ‘aproveite enquanto dura’, pois o tempo passa rápido demais e tudo o que restará são as lembranças – e, por isso mesmo, é bom que elas sejam as melhores possíveis.
Se em 15 Anos e Meio (2008) o foco era a relação entre a filha adolescente e o pai ausente que após anos retorna para casa, Rindo à Toa apresenta praticamente o mesmo quadro, porém substituindo a figura paterna pela mãe separada que se esforça para criar sozinha os três filhos. Claro que os maiores conflitos dentro de casa serão entre a matriarca e a filha mais velha, já na adolescência e com toda a rebeldia comum à essa faixa etária pronta para explodir a qualquer momento. Os dois filmes são contemporâneos em suas produções e também no formato, pois ambos pregam a máxima de que o diálogo resolve tudo e que nenhum conflito é grande o suficiente que não possa ser solucionado em família. Mas qual o espaço para essa estrutura nos dias de hoje, em que passamos cada vez mais conectados no mundo virtual e que amigos e colegas muitas vezes se tornam mais íntimos do que aqueles ligados pelo sangue?
O nome original já provoca essa ligação moderna. A expressão L.O.L. é uma gíria para Laughing Out Loud, ou seja, Rindo Bem Alto. E rir é o que tenta fazer Anne, a mãe interpretada com jovialidade e frescor por Sophie Marceau, quando precisa lidar com as situações geradas pela filha Lola (Christa Theret). Essa briga com o namorado por ciúmes no primeiro dia da volta às aulas, para logo em seguida se descobrir apaixonada pelo melhor amigo. Além disso, há a descoberta de que o pai está, novamente, dormindo com a ex-esposa (ainda que às escondidas), as experiências com drogas e sexo, as festas com os amigos, os problemas na escola. Dilemas comuns a qualquer jovem, mas que aqui ganham um olhar carinhoso e preocupado, principalmente por serem tratados com inteligência e com a seriedade que merecem.
Indicado ao César (o Oscar francês) na categoria de Atriz Revelação (Theret) e premiado no Festival de Monte Carlo, em Mônaco, como Melhor Atriz (Marceau), Rindo à Toa fez tanto sucesso que serviu de passaporte para Hollywood para a diretora Lisa Azuelos, que em 2012 lançou a versão americana da mesma história, contando com a estrela teen Miley Cyrus e com a bela Demi Moore nos papéis principais. O novo projeto ganhou o batismo de Lola, mas teve uma recepção tão fria que mereceu apenas uma exibição limitada nos cinemas e foi parar rapidamente no home vídeo. Mais uma prova de que não se deve mexer em time que está ganhando. E na dúvida, fique com o original, que mesmo desfilando por clichês comuns ao gênero, consegue se destacar pela simpatia e franqueza que emprega ao abordar este tema tão universal.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 7 |
Francisco Carbone | 7 |
MÉDIA | 7 |
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