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Sinopse

Já considerando a aposentadoria depois de uma carreira de sucesso, uma grande perda coloca Apollo Creed para treinar Rocky, que busca uma última vitória contra um oponente indigno.

Crítica

Decepcionante, batido, mas com certos pontos interessantes. Rocky III: O Desafio Supremo, terceiro filme da saga do lendário personagem de Sylvester Stallone, tem alguns problemas, poucas mudanças e a repetição da fórmula das obras anteriores. Mas há também méritos.

Este capítulo é o segundo nos quesitos duração e bilheteria, em ambos atrás apenas de Rocky IV. Nele, Rocky, consolidado como campeão e fazendo lutas beneficentes, deseja se aposentar, mas é desafiado, durante uma homenagem com direito a estátua, por Clubber Lang (Mr. T), um pugilista provocador, durão e mal-encarado. O Garanhão Italiano cai na pilha e aceita o desafio. Afetado pela fama e por um drama, ele perde o combate e o cinturão dos pesos-pesados, tendo problemas para motivar-se. Mas, com a ajuda do ex-rival Apollo Creed (Carl Weathers), reencontra sua força para a revanche.

A fórmula dos filmes anteriores é repetida, o que acarreta em clichês e num roteiro muito previsível: a provocação, a volta por cima após o drama e os problemas, a motivação extra para treinamento, e por aí vai. A velha vitória do bom herói que triunfa sobre o vilão chato e arrogante. Nada novo, muito menos empolgante. Já as atuações, no geral, são boas ou pelo menos razoáveis. Mr. T, em sua grande fase nos anos 1980, soa um pouco exagerado em determinados momentos, apesar de ter boas cenas.

Stallone acerta a mão ao modificar a percepção e dar um destaque maior para Apollo Creed, além de abordar um pouco o racismo e outras vertentes sociais - lembrando que é uma película da década de 80. Carl Weathers faz um bom trabalho. A química entre Apollo e Rocky (e obviamente entre os atores) e a transformação do ex-rival em amigo, treinador e motivador, são certeiras e talvez o que de melhor fique do filme. Creed, que já era querido por muitos espectadores, passa a ser ainda mais ovacionado pelo público. A rivalidade que se torna amizade e respeito costuma dar certo tanto na vida e nos esportes como também na tela. Isso tudo preparou um ótimo terreno para Rocky IV.

A direção também é interessante. Mais viva e acelerada em alguns pontos, mas sem com isso atrapalhar a montagem das cenas. Já na trilha sonora, a clássica Eye of the Tiger é sempre marcante, mas também percebemos outras canções variando o filme. Rocky III: O Desafio Supremo está longe de ser o melhor da franquia, mas também não é o pior. O roteiro peca, é previsível e tem uma queda de qualidade em relação aos anteriores, mas o comentado fator ”Apollo Creed” é um ótimo acerto. No geral é um filme satisfatório. Tem seus pontos bons e ruins, mas é um bom passatempo, principalmente para os fãs da franquia.

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é formado em Jornalismo pela PUC Minas, escreve para o Goal.com e é colunista no Trivela. Cinema, futebol, música, literatura, exposições e museus são suas paixões, além de contar e apreciar boas histórias.
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