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Sinopse

Em Rota de Fuga, Ray Breslin é a maior autoridade existente ao se falar em segurança. Após analisar diversas prisões de segurança máxima, ele desenvolve um modelo à prova de fugas. Quando é preso, Ray é enviado justamente para a prisão que criou. Lá ele precisa encontrar uma brecha não imaginada até então, que permita sua fuga. Estrelado por Sylvester Stallone.

Crítica

Unir ícones dos filmes de ação como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger parecia um sonho distante alguns anos atrás. Isto até os dois astros juntarem forças com outros colegas do gênero em Os Mercenários (2010) e sua continuação (2012). Porém, nestes filmes o austríaco não tem tanto destaque quanto o eterno Rambo. Para igualar forças, eis que chega aos cinemas Rota de Fuga, um thriller de ação que poderia ser chamado de genérico não fosse a presença dos dois pesos pesados dividindo a tela na maior parte do tempo.

A trama, que lembra um mix – guardadas as devidas proporções - de Fuga de Alcatraz (1979) com a primeira temporada do seriado Prison Break (2005 a 2009), mostra Stallone como Ray Breslin, o maior especialista em penitenciárias do mundo. Mestre em escapar de prisões de segurança máxima (não como fugitivo, mas sim como contratado do governo americano para testes), ele desenvolve um modelo à prova de fugas. Em seu último trabalho ele é enviado justamente para o lugar que ajudou a criar, mas outros interesses, inclusive do diretor da prisão (Jim Caviezel) parecem dar a entender que ele nunca mais possa sair de lá. Isto até ele conhecer Rottmayer (Schwarzenegger), outro detento com QI extremamente que vai ajuda-lo a escapar.

Ora, não é de se esperar muita inteligência num roteiro em que a parte mais importante, além da reunião dos grandes astros, é soltar explosões e tiros para tudo quanto é lado. Porém, até que a história não duvida da inteligência do público e vai explicando, aos poucos e nos mínimos detalhes, como tudo irá ocorrer. O que atrapalha um pouco é a mão insegura do sueco Mikael Håfström, diretor de filmes como O Ritual (2011) e 1408 (2007), que insiste em fazer planos fechados da prisão e closes nos rostos de Stallone e Schwarzenegger a todo momento,  deixando o espectador com claustrofobia volta e meia – mas não no bom sentido de ser proposital ao clima do filme, e sim de irritar e causar angústia mesmo.

Ainda assim, só a presença da dupla principal já é um alento e diverte o público, especialmente quando ambos soltam frases que referenciam outros clássicos de suas carreiras. Quando o austríaco desata a falar na sua língua natal, então, chega a causar risadas. Não há grandes interpretações, apenas a sensação de que os dois estão se divertindo tanto quanto quem está do lado de cá da tela. O final, apesar de um twist intrigante, pode até ser clichê. Mas isso já era esperado. O mais importante é ver que tanto Stallone quanto Schwarzenegger continuam entretendo o espectador com a qualidade característica de ambos. E, neste caso, isto está mais do bom.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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