Crítica
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Sinopse
Adriana embarca em um cruzeiro junto com a irmã, Luiza, e a empregada, Dialinda. Incentivada pelo livro "SOS - Salvando um Sonho", está decidida a estragar a viagem de seu antigo namorado, que está no mesmo passeio com sua nova paixão. No entanto, durante a viagem, as três conhecem novas pessoas e descobrem surpreendentes caminhos e soluções para suas vidas.
Crítica
O bom desempenho que as comédias nacionais tem alcançado nos últimos tempos é tanto que além de sequências oportunistas, outro fenômeno está se estabelecendo: a criação de subgêneros, ou seja, produções com similaridade temática, estrutural e narrativa, que surgem apenas para pegar carona no sucesso dos outros. Pois é exatamente isso que acontece com S.O.S. Mulheres ao Mar, que nada mais é do que uma releitura – inferior – do recente Meu Passado Me Condena (2013). Porém, se a produção que no ano passado levou mais de 3 milhões de brasileiros aos cinemas ao menos contava com um talento genuíno como Fábio Porchat como protagonista, este novo longa repete o erro de apostar em Giovanna Antonelli e Reynaldo Gianecchini como par romântico – alguém lembra do constrangedor Avassaladoras (2002)?
Aliás, Gianecchini tem se revelado um apurado indicador sobre a qualidade de um filme: se o ator está no elenco, é aposta certa de que o resultado será, no mínimo, descartável. Longas como Se Puder... Dirija! (2013) e Entre Lençóis (2008) são boas provas disso. Pois o mesmo acontece em S.O.S.: Mulheres ao Mar, em que ele, apesar de aparecer durante quase todo o desenrolar da trama, deve ter recebido antes do início das filmagens umas duas páginas com todos os seus diálogos. Na maior parte do tempo tudo que lhe é exigido é apenas aparecer e sorrir, sendo nada mais do que... Reynaldo Gianecchini! Constrangedor é apenas a primeira impressão, pois logo tudo fica pior.
Cris D’Amato, diretora do interessante – porém problemático – Sem Controle (2007) e co-diretora do recente Confissões de Adolescente (2013), faz de S.O.S. Mulheres ao Mar uma comédia de uma piada única: colocou-se três mulheres a bordo de um cruzeiro transatlântico e espera-se que, através das diferenças entre elas, surja naturalmente o riso – o que, não é preciso ser nenhum gênio para prever, nunca acontece. Giovanna Antonelli – que é uma boa atriz, mas num registro mais denso e com uma orientação específica, sem timing algum para o improviso – é a vítima que foi abandonada pelo marido e quer reconquistá-lo durante a viagem de lua-de-mel dele com a nova esposa. Thalita Carauta é a empregada – estereótipo reforçado pelo personagem da atriz no global Zorra Total – que entra por acaso no navio e passa o resto do tempo se exclamando, admirada com o que encontra. E Fabiula Nascimento – indiscutivelmente a melhor das três e a mais subaproveitada – é a atirada, a que busca sexo sem compromisso, e que ali está apenas para acompanhar as amigas. Não há um motivo sério que as una, e nenhuma delas é mais do que um clichê superficial de fácil reconhecimento – e pouca identificação.
Se o texto é raso – cortesia de Marcelo Saback, o mesmo de De Pernas pro Ar (2010) e Divã (2009), ou seja, outro sinal de alerta – os diálogos são ainda piores. Cada situação vivida por essas mulheres são bastante previsíveis, e nada em si parece justificar os esforços envolvidos. Marcello Airoldi, o ex-marido, está longe de ser um galã. Antonelli, no papel da dona de casa abandonada, é um erro de casting do início ao fim. Gianecchini é esforçado, porém nada está ao seu favor. E a mão pesada da diretora, que parece não saber ao certo para onde ir, só complica ainda mais o cenário. Dizer que S.O.S. Mulheres ao Mar é um filme indicado para o público feminino é subestimar a inteligência das espectadoras. O mais aconselhável é ignorá-lo sumariamente – e, no caso de cair nessa armadilha, tratar de esquecê-la com urgência.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 2 |
Francisco Carbone | 3 |
Roberto Cunha | 5 |
MÉDIA | 3.3 |
É realmente muito triste ler uma crítica dessa e um comentário como o do Fábio. Quem vai pro cinema assistir "SOS" não vai esperando encontrar um grande filme com indicação a melhor filme estrangeiro. E sim, vai para rir e se divertir! Temos que ter a cabeça aberta para todos os tipos de filme. Gostar ou não, é uma opção. Falar que "SOS" é um lixo é um grande equívoco. Não é um grande filme, mas dentro da proposta dele que é divertir, ele é bom sim! Triste de quem vai ao cinema só pra ver coisa boa e grandes clássicos...
Bom, só pelos "coment´s" dos 3 (laine,adriana e drielly)da pra ver o "níver" do "público" que gostou desta jóça. PELAMORDEDEUS. A famigerada "redegoblo" ou "goblofilms" criou uma MALDIÇÃO para o cinema nacional, são os SUB-generos como BEM colocou o crítico. PARABÉNS PELA CRÍTICA, Robledo Milani, ainda bem que li antes de gastar meu rico dinheirinho e meu tempo neste LIXO MIDIATICO "goblal". Valeu.
Não concordo com nada do que disse, exceto que Fabiula é a melhor das três. SOS Mulheres ao Mar é o melhor filme brasileiro que já assisti, e uma das melhores comédias românticas, podendo até ser comparada com várias muito boas dos "States". Senti orgulho de sentar naquela sala de cinema, rir e me emocionar tanto com um filme do meu país. Um filme pra vc levar a família inteira, e todos, sem exceção, vão sair de lá mais leves e felizes, principalmente as mulheres, claro. Um belo filme e um dos meus preferidos até hoje. Muito bom, recomendo a todos!
Ser critico de cinema deve ter como pre requisito ser chato, mal amado e ter uma vida entediante... Um trabalho tão bonito, feito por brasileiros tanto atores como produção, direção, roteiro... tudo feito redondinho, com bom gosto, fotografia, história e interpretação... tudo tão ao gosto do público, o cidadão fala isso tudo... sem sequer reconhecer um trabalho de uma equipe??? No mínimo deve ser mais um bobão que só da valor ao trabalho de americanos...deve ser um frustrado por não ter conseguido ser nem figurante em Hollywood ai fala mal da prata da casa..Infelizmente esse ainda é o maior defeito do brasileiro...não ser patriota e não saber reconhecer as coisas boas que temos... Assisti ontem o filme e sai de lá bem feliz em ver que a sala estava lotada em todas as sessões (porque tentei ir nos horários mais cedo e não consegui pois estavam esgotadas) e de ver famílias inteiras se divertindo e saindo do cinema satisfeitos... O povo já passa por tanta amargura em tantos aspectos do dia a dia...transito, violencia, corrupção, roubo... ai quando acontece um filme brasileiro que remete todo mundo a um mundo de risadas, de romances, de coisas que nos deixam um pouco melhores, vem um e tenta jogar um balde de agua fria... Faz o seguinte, Sr crítico, repense sua vida e procure os pontos que o deixam ser tão amargurado... Ou então, deixe sua fantasia de malvado no armário evá assistir SOS MULHERES AO MAR, como um cidadão comum que só quer se divertir depois de um dia estressante de trabalho (no seu caso, falar mal do trabalho dos outros)...te recomendo... você vai dar boas risadas e sair de la bem mais leve!!! #ficaadica
Olha Sr. Roberto, achei sua crítica mais uma espécie de vingança do que um trabalho sério de quem entende de cinema. Assisti ao filme e o que vi no cinema "lotado" foi uma diversão em massa. Muitas risadas e até um pouco de emoção. Nem sempre vou ao cinema pra ver um clássico de Fellini, na maioria das vezes vou pra me divertir e você não foi capaz de reconhecer que o filme proporcinaria esta diversão. Estou muito desapontada.