Crítica
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Sinopse
Os líderes do planeta Spaceball arquitetam um plano para roubar todo o ar de seu planeta vizinho, Druidia. O plano envolve o sequestro espetacular da princesa de Druidia e a tentativa de pagar um agiota intergaláctico.
Crítica
Que a Salsicha esteja com você! Quem acompanhava as sessões de cinema da Rede Globo nos anos 1990, volta e meia se deparava com S.O.S.: Tem um Louco Solto no Espaço na programação, em sua versão dublada e não menos hilária. Lançado em 1987 e pegando carona no sucesso da saga Star Wars (naquela época, Guerra nas Estrelas), o filme escrito e dirigido por Mel Brooks é uma daquelas paródias divertidíssimas, que contam com ótimo elenco coadjuvante e inúmeras piadas bem elaboradas em cima da saga espacial de George Lucas – e não apenas, visto que sobra até para Alien: O Oitavo Passageiro (1979) e O Planeta dos Macacos (1968).
Na trama, o presidente Skroob (Brooks), mandatário do planeta Spaceball, está com um pepino em mãos, visto que o ar fresco está se esvaindo. Para remediar a situação, o perigoso Dark Helmet (Rick Moranis) tem planos de sugar a atmosfera do pequeno planeta Druidia e, para tanto, pretende sequestrar a princesa Vespa (Daphne Zuniga) e exigir como resgate este bem. Temeroso pela segurança da filha, o rei Roland (Dick Van Patten) contrata os serviços dos fora-da-lei espaciais Lone Star (Bill Pullman) e Barf (John Candy). Os dois estão devendo uma quantia altíssima para o asqueroso Pizza The Hutt e aceitam o trabalho sem pestanejar, indo ao encontro da princesa e de sua fiel escudeira, a androide Dot Matrix (Joan Rivers). Isto, claro, despertará a ira de Dark Helmet, podendo colocar por água abaixo os planos de Skroob. Tirar sarro de Star Wars hoje em dia não chega a ser novidade. Seth MacFarlane fez três episódios fantásticos de Family Guy apenas com a trilogia original como material para piadas – fora as inúmeras gags que já haviam sido feitas no decorrer das demais temporadas. Nos anos 1980, no entanto, mexer com uma propriedade como aquela não era tão simples. Por sorte, George Lucas gostou da ideia e ajudou Mel Brooks a colocar seu projeto em andamento. Vários dos efeitos visuais vistos em S.O.S.: Tem um Louco Solto no Espaço foram feitos pela Industrial Light & Magic, empresa do pai de Luke Skywalker e cia. A condição era não vender bonecos ou qualquer tipo de merchandising. Com este respaldo, o diretor pode se concentrar no que sabe: fazer rir.
Além de Brooks em dois papéis pequenos, mas carismáticos, temos Rick Moranis e John Candy impagáveis como Dark Helmet e Barf, respectivamente. O primeiro é uma versão diminuta de Darth Vader, emulando um sotaque britânico sempre que coloca sua máscara, tentando ser ameaçador com sua baixa estatura e jeito moleque. O segundo faz uma versão canina de Chewbacca, conquistando o espectador pelo humor um tanto ingênuo. Este trio consegue nos fazer esquecer ou ao menos relevar a dupla central, os pouco carismáticos Daphne Zuniga e Bill Pullman, perdidos e exagerados em seus papéis. Além de boas piadas dentro do universo Star Wars, o que mais diverte em S.O.S.: Tem um Louco Solto no Espaço são as várias quebras da quarta parede, quando os personagens não só falam com a câmera como entendem que estão em um filme. O merchandising incluso dentro do próprio longa-metragem é impagável e é realmente uma lástima que não tenha existido uma continuação como citada pelo sábio Yogurt (Brooks): Spaceballs 2: The Search for more Money. Existiram conversas a respeito e, reza a lenda, o título sugerido por Rick Moranis seria algo como Spaceballs 3: À Procura de Spacabells 2. O projeto, no entanto, nunca saiu do papel e Moranis goza de sua aposentadoria há alguns anos.
Algumas tiradas envelheceram mal, é verdade, e o sentimento de piada esticada está presente do segundo para o terceiro ato. Não chegam a atrapalhar a diversão, mas são pequenos poréns dentro desta obra engraçada e feita sob medida para fãs de filmes espaciais.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Rodrigo de Oliveira | 7 |
Chico Fireman | 5 |
MÉDIA | 6 |
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