Sharknado 2: A Segunda Onda
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Anthony C. Ferrante
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Sharknado 2: The Second One
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2014
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EUA
Crítica
Leitores
Sinopse
Crítica
Iniciado em um avião, fazendo referências a Além da Imaginação e ao monstrinho sabotador de voos, Sharknado 2: A Segunda Onda mistura o estilo bonachão, que inclui o serviço de uma versão genérica de Coca Light, com a ida de April (Tara Reid) e Finley (Ian Zering) para uma sessão de autógrafos sobre o livro que a mulher escreveu, descrevendo os eventos do primeiro filme. A discussão do casal revela feridas ainda abertas pelo acontecido, cujo trauma é cortado por mais uma intervenção dos tubarões, dessa vez pelas nuvens a caminho de Nova York.
Ocorre um incidente bizarro no avião, envolvendo os predadores marinhos que, não satisfeitos em se mover na terra, conseguem agir nos céus. Após a tripulação negar categoricamente o perigo em pleno ar – mesmo com um rombo enorme no avião e com tubarões batendo no para-brisa do veículo – Fin é obrigado a fazer o pouso, já que o piloto pereceu. Em solo, é ele que traz a péssima notícia para os habitantes da Big Apple, de que um novo sharknado vem para a ilha da Manhattan, incluindo aí uma bela cobertura da imprensa, que possui até gráficos do tempo incluindo os predadores na previsão.
Já na metrópole, a história tem dois núcleos, o de Fin e seus amigos estereotipados, que não são os mesmos do longa original, variando entre um estádio de Baseball e o metrô (que contém, aliás, uma referência maravilhosa a Alligator: O Jacaré Gigante, 1980), e outro, com os parentes dos protagonistas circundando a ilha, tornando-se alvo fácil para os ataques. Até a cabeça da Estátua da Liberdade vira arma letal em meio a hecatombe apocalíptica que segue Finley. As infames piadas regionais soam muito menos inspiradas que no filme anterior, mas a quantidade de canastrice é muito maior, tanto na questão de Nova York não possuir serras elétricas, tendo que importá-las de Nova Jersey, quanto na construção de herói/mentor no ideal de Fin. Sua presença de espírito é tão furiosa e semidivina que ele consegue driblar até um possível adultério com Skye (VIvica A. Fox) uma mulher de seu passado que insiste em ajuda-lo e que obviamente vem a calhar, uma vez que sharknado é a fúria pura e simples da natureza, um revide de Deus para o péssimos hábitos humanos.
Apesar de não ter o fator surpresa a seu favor, Sharknado 2: A Segunda Onda 2 reúne a ‘maior parte das características que motivaram o deboche por parte da crítica de cinema mundial, exagerando nos detalhes e tornando tudo mais superlativo e canastrão, elevando o personagem de Fin ao patamar de um semideus capaz de salvar sua família e resgatar a mão decepada de sua amada, claro, sem deixar de dar vazão ao seu desejo por uma pizza tipicamente nova-iorquina.
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